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Lucros do Santander Totta aumentam para 137 milhões no primeiro trimestre

Resultados do primeiro trimestre ditaram um crescimento de 5,2% dos lucros do banco liderado por Pedro Castro e Almeida para 137 milhões de euros. Dívida pública ajudou o banco a subir os lucros.
Bernardo Cristina
7 Maio 2019, 17h26

O banco liderado por Pedro Castro e Almeida apresentou esta terça-feira lucros de 137 milhões de euros, sendo que o desempenho do Santander Totta melhorou 5,2% face ao período homólogo, altura em que os lucros atingiram os 130,5 milhões de euros. O ROE, rentabilidade do capitais próprios, soma 13,4% (subiu 0,3 pontos percentuais).

O produto bancário sobe 11,5% para 352,6 milhões de euros devido ao crescimento de 1,8% nas comissoes e devido aos resultados de operações financeiras e à atividade dos seguros que cresceu 14,1%. Pois a margem financeira caiu 6,7% num ano para 215,6 milhões de euros.

Os resultados de operações financeiras subiram de 6,5 milhões de euros para 50 milhões. Isto foi o reflexo da gestão das carteiras de dívida pública.

O banco explicou que a carteira de dívida que gera resultados de trading é composta 60% por dívida pública e 40% por dívida privada.

“A exposição do banco a dívida soberana manteve-se ao nível do final do ano. O Santander tem Obrigações do Tesouro do país num montante, ligeiramente abaixo dos três mil milhões de euros e quanto a dívida pública italiana não passou pelo nosso balanço nos últimos tempos”, disse Manuel Preto.

O banco reportou que os custos operacionais subiram 1,9% para 152,6 milhões, mas o rácio de eficiência melhorou 4 pontos percentuais para 43,3%.

Os resultados de exploração melhoraram 20,1% para 200 milhões e as imparidades subiram de 1,8 milhões para 10,5 milhões de euros.

Os resultados antes de impostos e interesses minoritários subiram 23,4% para 213,6 milhões.

Em termos de qualidade da carteira de crédito o rácio de NPE (non-performing exposure) caiu para 3,8% (-1,6 pontos percentuais).

O Pilar 2 do rácio de capital do banco (fixado pelo BCE) manteve-se no entanto nos 1,5%. Manuel Preto, CFO do banco, explicou que só os bancos que têm uma elevada carteira de NPL é que melhoram o rácio exigido quando descem os NPL.

O crédito bruto caiu 2,4% para 40,5 mil milhões de euros devido à queda de 6% do crédito a empresas, já que o crédito a particulares subiu 0,3%. Os recursos de clientes subiram 9,3% para 40,4 mil milhões o que Pedro Castro e Almeida justifica com um aumento da poupança, sobretudo das PME e empresas.

A venda da carteira de crédito não foi significativa este trimestre mas no ano passado venderam 1.000 milhões de euros.

O banco baixou o stock de imparidades no trimestre em 13 milhões para 1.057 milhões de euros.

Em termos de novas imparidades o banco constituiu 15 milhões mas como libertou 95 milhões o valor liquido foi de -80 milhões.

Durante a conferência de imprensa o CEO do banco comentou a lei de bases da habitação que quer pôr os portugueses a poderem entregar a casa para saldar a dívida do crédito à habitação. “Se isso avançar acabam com o crédito à habitação. Pelo menos a estes preços”

(atualizada)

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