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Lucros do UBS no semestre disparam para 27,5 mil milhões de euros depois de integrar o Credit Suisse

O UBS multiplicou por mais de sete vezes o lucro registado no período homólogo, que foi 4,24 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros).
Michael Buholzer / EPA
31 Agosto 2023, 12h14

Os resultados líquidos do banco suíço UBS dispararam no primeiro semestre para 29,9 mil milhões de dólares (27,5 mil milhões de euros) já com a integração do Credit Suisse no seu balanço. No mesmo período em 2022, o lucro tinha sido de 4,2 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros).

As consolidadas do 2.º trimestre e do semestre incluem resultados do antigo negócio do Credit Suisse a partir de 1 de junho de 2023, revela o banco.

O resultado líquido do 2.º trimestre foi de 28,9 mil milhões de dólares, incluindo 29 mil milhões de goodwill negativo resultante da aquisição do Credit Suisse para suportar cerca de 238 mil milhões de dólares de ativos ponderados pelo risco que foram assumidos na integração.

O goodwill negativo traduz a diferença entre o valor pago pela aquisição e o justo valor da entidade adquirida, na medida em que este último é superior ao investimento realizado pela entidade adquirente.

Os resultados antes de impostos subjacentes foram de 1,1 mil milhões de dólares, dos quais 2,0 mil milhões dizem respeito ao subgrupo UBS.

O grupo suíço destaca a “manutenção de uma sólida posição de capital com um rácio de capital CET1 de 14,4% e um rácio de alavancagem CET1 de 4,8%.

A conclusão da fusão da entidade jurídica Credit Suisse no UBS está prevista para 2024, segundo o comunicado que fala da integração total do Credit Suisse (Schweiz) AG, na sequência de uma avaliação exaustiva centrada na criação de valor duradoiro para todas as partes interessadas.

O Credit Suisse AG reporta uma perda antes de impostos de 8,9 mil milhões de francos suíços (9,3 mil milhões de euros) no segundo trimestre que passam a 4,3 mil milhões de francos suíços se excluídos os efeitos relacionados com a aquisição, e um prejuízo ajustado antes de impostos de 2,1 mil milhões de francos suíços.

A marca Credit Suisse estabilizou globalmente com entradas líquidas de depósitos de 18 mil milhões de dólares no 2.º trimestre do ano e a dinâmica continua no 3.º trimestre, refere o UBS.

A área de gestão de fortunas, o UBS Global Wealth Management, registou o maior volume em mais de uma década de entradas líquidas de dinheiro novo no segundo trimestre, ao registar 16 mil milhões de dólares (14,7 mil milhões de euros), com a dinâmica a manter-se no 3.º trimestre, diz o banco em comunicado.

“O perímetro mon-core e Legacy [do Credit Suisse] foi definido e há planos claros para reduzir substancialmente o consumo de capital até ao final de 2026 com a saída de 8 mil milhões de dólares de RWA (ativos ponderados pelo risco) no 2.º trimestre do ano”, revela o UBS.

O banco avança ainda que há planos para alcançar reduções de custos brutos superiores a 10 mil milhões de dólares, e atingir um rácio de eficiência (cost-to-income) de menos de 70%.

O banco quer atingir um rácio de rentabilidade (return on CET1, RoCET1) de cerca de 15% no fim de 2026.

Os números foram hoje apresentados por Sergio P. Ermotti, CEO do Grupo, que disse que “dois meses e meio depois da conclusão da aquisição do Credit Suisse, não perdemos tempo em entregar valor a todos os nossos stakeholders numa das maiores e mais complexas fusões bancárias da história”.

“Estamos a reconquistar a confiança dos clientes, reduzindo custos e a tomar as medidas necessárias para criar economias de escala que nos permitirão concentrar melhor os nossos recursos e direcionar os investimentos para o crescimento futuro”, acrescentou o CEO.

“Esta combinação reforçará o nosso estatuto de banco global – e do qual o nosso mercado de origem, a Suíça, se pode orgulhar. Sentimo-nos humildes com esta tarefa e com a responsabilidade que nos foi confiada”, conclui Sergio P. Ermotti no comunicado.

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