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“Lucros que ficam nas empresas para reinvestir são fermento para crescimento da economia”, diz Castro Almeida

O ministro da Economia e da Coesão Territorial refere que “não é pelos lindos olhos dos empresários que o Governo quer baixar o imposto sobre os lucros das empresas”.
O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, intervém na sessão plenária de apresentação do Programa do XXV Governo Constitucional, na Assembleia da República, em Lisboa, 17 de junho de 2025. MIGUEL A. LOPES/LUSA
27 Junho 2025, 12h10

Castro Almeida defende que os lucros das empresas não são um problema para o país e que não tem de ser resolvido com o pagamento de taxas adicionais.

O lucro é bom, o que é mau é o prejuízo. Os lucros que ficam nas empresas, não são os que vão para dividendos, os que ficam nas empresas para serem reinvestidos são o fermento que vai fazer crescer a economia”, afirmou durante a inauguração do bloco logístico da Mercadona em Almeirim esta sexta-feira.

O ministro da Economia destacou a importância da aposta da retalhista espanhola em Portugal, deixando o apelo para que os lucros da operação em Almeirim possam ser reconvertidos em mais investimentos no futuro.

“É um ato de visão, porque Portugal é de facto um país bom para investir, que recebe bem os investidores e que vai receber cada vez melhor os seus investidores”, referiu.

Castro Almeida salientou que o investimento direto estrangeiro em Portugal é muito bem vindo e que quem o faz vai ser bem tratado e bem recebido em Portugal.

“O investimento, o crescimento económico, a competitividade, a produtividade e lucro são as nossas palavras-chave. E é aqui que temos que apostar todas as fichas”, realçou.

O novo bloco logístico da Mercadona em Almeirim (Santarém) está operacional desde o passado mês de julho.

Este novo armazém representou um investimento total de 300 milhões de euros e gerou um total de 630 postos de trabalho que irão continuar a aumentar de acordo com a expansão em Portugal.

Trata-se do segundo polo da retalhista alimentar em Portugal, depois da abertura em 2019 do primeiro armazém na Póvoa do Varzim, numa área com 50 mil m2, que representou um investimento de 24,5 milhões de euros, tendo sido ampliado em mais 12 mil m2 em 2022, com a criação de um novo armazém.

Recorde-se que o CEO da Mercadona, Juan Roig, anunciou que vai reforçar em 157 milhões de euros o investimento em Portugal em 2025.

“Portugal e Espanha estão muito bem em termos económicos e isso refletiu-se nas vendas da Mercadona. Vivemos do turismo e há que salvaguardar o primeiro setor económico dos nossos países”, referiu Juan Roig na apresentação de resultados que decorreu em março em Valência, na qual o JE marcou presença.

Na apresentação dos resultados de 2024, um exercício histórico já que a operação portuguesa foi rentável pela primeira vez (sete milhões de lucro e uma faturação de 1.778 milhões de euros, mais 27% do que no ano anterior), foi também revelado que a Mercadona já superou os mil milhões de investimento em Portugal, mais concretamente 1.093 milhões de euros.

O CEO apontou para uma duplicação dos lucros em 2025 para 14 milhões de euros em Portugal. Juan Roig acredita que a dinâmica das lojas em Portugal vai proporcionar esse crescimento: “As vendas nas lojas que temos em Portugal estão a correr muito bem e vão permitir essa evolução”.

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