O Ministério Público (MP) defende que Luís Filipe Vieira tem usado contas em nome dos filhos, Tiago Vieira e Sara Vieira, para “efetuar diversos movimentos de salvaguarda de património”, de acordo com informação avançada pelo jornal “Correio da Manhã” este sábado, a partir do despacho do MP.
Refere o CM que esta salvaguarda de património tem sido efetuada “através da abertura de contas” em nome de Tiago Vieira e Sara Vieira, para onde terão sido transferidos fundos “e que são controladas” por Luís Filipe Vieira.
Defende o MP que Luís Filipe Vieira colocou Tiago Vieira e Sara Vieira “como administradores de sociedades da sua esfera, detentoras de património imobiliário e que têm gerado rendimentos com a comercialização de empreendimentos”.
Explica o CM que, de acordo com a convicção do MP, e para esse efeito, Luís Filipe Vieira “contou ainda com a colaboração de outras pessoas próximas, caso de António Folgado, a quem confiou a guarda de documentos sensíveis e a movimentação de meios financeiros”.
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na quarta-feira, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.
Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais”.
Para esta investigação foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.
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