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Luís Filipe Vieira usou contas dos filhos para “salvaguarda de património”, defende Ministério Público

Esta salvaguarda de património tem sido efetuada “através da abertura de contas” em nome de Tiago Vieira e Sara Vieira, para onde terão sido transferidos fundos “e que são controladas” por Luís Filipe Vieira, noticia o “Correio da Manhã” este sábado.
10 Julho 2021, 09h29

O Ministério Público (MP) defende que Luís Filipe Vieira tem usado contas em nome dos filhos, Tiago Vieira e Sara Vieira, para “efetuar diversos movimentos de salvaguarda de património”, de acordo com informação avançada pelo jornal “Correio da Manhã” este sábado, a partir do despacho do MP.

Refere o CM que esta salvaguarda de património tem sido efetuada “através da abertura de contas” em nome de Tiago Vieira e Sara Vieira, para onde terão sido transferidos fundos “e que são controladas” por Luís Filipe Vieira.

Defende o MP que Luís Filipe Vieira colocou Tiago Vieira e Sara Vieira “como administradores de sociedades da sua esfera, detentoras de património imobiliário e que têm gerado rendimentos com a comercialização de empreendimentos”.

Explica o CM que, de acordo com a convicção do MP, e para esse efeito, Luís Filipe Vieira “contou ainda com a colaboração de outras pessoas próximas, caso de António Folgado, a quem confiou a guarda de documentos sensíveis e a movimentação de meios financeiros”.

Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na quarta-feira, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais”.

Para esta investigação foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.

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