O primeiro-ministro considera “um desafio enorme” as tarifas que o Presidente dos Estados Unidos pretende impor à Europa. Luís Montenegro prevê “alguns impactos significativos” nas importações e nas exportações, no entanto, recomenda prudência.
“Não devemos ir com aqueles ímpetos mais precipitados”, defende, acrescentando que não se deve retaliar imediatamente. “A retaliação é uma solução, mas tem de ser estudada”, adianta.
Em entrevista ao podcast da Antena 1, Política com Assinatura, esta segunda-feira, o chefe do Governo garante que o Executivo está a ter “uma gestão orçamental rigorosa” e que isso o leva a sentir-se “muito bem à volta da mesa do Conselho Europeu”.
Assegura, por outro lado, que Portugal é reconhecido pela gestão das suas Finanças públicas e que vê isso como uma “homenagem que presta a Passos Coelho e aos Governos que, desde então, perceberam que o equilíbrio das contas públicas não é o fim da política governativa, nem financeira, e muito menos económica”.
O Governo anuncia esta quinta-feira, dia 24 de julho, durante o Conselho de Ministro, o próximo Governador do Banco de Portugal: se Mário Centeno se mantém ou se será substituído. O mandato de Centeno terminou este sábado, mas Luís Montenegro justifica que preferiu deixar passar o debate do Estado da Nação para anunciar a decisão.
Sobre o assunto da imigração, o PM diz estar confiante na promulgação da nova Lei dos Estrangeiros por parte do Presidente da República. “Não há nenhum indício de uma apreciação que não seja aquilo que se exige ao Presidente da República”, acrescenta Montenegro, recusando a ideia de que Marcelo possa ser uma força de bloqueio.
O chefe de Governo conta que contou com a colaboração de autarquias, entidades não governamentais e “contratámos mais de 500 advogados só para acelerar os procedimentos”.
A imigração exige regras e condições de acolhimento e, essas, “é muito visível”, que Portugal não as tem. Esta “não é uma questão de perceção, é uma questão de observação, de realismo”, daí a necessidade, diz Montenegro, das alterações na lei da imigração e da nacionalidade aprovadas no Parlamento e que preveem mudanças no reagrupamento familiar.
Sobre esta medida em concreto, garante que “estamos a limitar dentro de situações muito particulares” e assegura que “não estamos a limitar aquele núcleo essencial das famílias”. Admite que a ideia do Governo é atrair jovens estudantes e agregados familiares, o que, para o chefe do Governo, “essa imigração é uma imigração mais positiva”.
A política de imigração é igualmente destacada pelo Primeiro-Ministro nesta entrevista ao podcast da Antena 1, Política com Assinatura, quando comenta a situação em Loures. “Alguma coisa tem de ser feita para evitar que seja normal as pessoas construírem as barracas e irem viver em condições absolutamente desumanas”, afirma.
O Primeiro-Ministro deixa claro nesta entrevista que não vai deixar cair a Ministra da Saúde, salientando que Ana Paula Martins tem “uma grande capacidade de conhecimento, de gestão, de capacidade de alteração da situação na área da saúde e ao mesmo tempo de resistência e resiliência à dificuldade”.
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