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Luis Montenegro: “CTT? Se Pedro Nuno Santos não sabia, foi uma bandalheira completa”

“Se Pedro Nuno Santos não sabia, então isto foi uma bandalheira completa. E quer continuar a bandalheira não como ministro mas como primeiro-ministro?”, questionou o presidente do PSD a propósito da notícia exclusiva do JE. O JE revela esta quinta-feira que o Governo queria comprar em bolsa até 13% dos CTT, sem explicar como guardaria segredo após os 2%.
Cristina Bernardo
4 Janeiro 2024, 11h20

Luís Montenegro acusou esta quinta-feira o Governo de “brincar com coisas sérias” relativamente à notícia do “Jornal Económico” que avançou em exclusivo que o Executivo, através da Parpública, terá dado ordem para adquirir ações dos CTT.

Em declarações aos jornalistas, numa escola em Braga, o presidente do PSD considerou que esta não é uma decisão qualquer, é uma decisão que tem um enquadramento legal e tem necessidade de articulação entre a tutela financeira e setorial”

“Se foi assim que andámos a ser governados nos últimos anos, é tempo de mudar e de estas pessoas com esta cultura governativa saírem do Governo. Não é possível que o titular do Ministério setorial, numa decisão sobre uma empresa que tinha sido privatizada, não tenha conhecimento disso”, avançou.

O líder da oposição sublinhou ainda que “se Pedro Nuno Santos não sabia, então isto foi uma bandalheira completa. E quer continuar a bandalheira não como ministro mas como primeiro-ministro? Estão a brincar com coisas sérias. Um Governo que privatizou uma empresa quis comprar ações dessa empresa. É preciso explicar porquê, com que objetivo, com que retorno”.

Esta quinta-feira, o JE revelou que o despacho de João Leão obrigava a manter a operação sob confidencialidade e referia que a partir do momento em que a participação nos CTT chegasse aos 2% a compra de ações teria de ser suspensa. E não referia de que forma seria possível chegar aos 13% que estavam previstos como limite máximo no pedido de parecer prévio à UTAM. Objetivo foi agradar ao PCP e ao Bloco e colocar pressão sobre os CTT durante renegociação de concessão.

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