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Macron fala esta quarta-feira ao país e pode anunciar reconfinamento

A intervenção de Macron vai ocorrer depois de o gabinete de crise ministerial ter feito duas reuniões e de o seu primeiro-ministro, Jean Castex, ter reunido hoje com forças partidárias representadas no parlamento, associações de autarcas e parceiros sociais.
27 Outubro 2020, 20h25

O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai fazer na quarta-feira um discurso, transmitido pela televisão, para anunciar medidas de combate ao avanço da pandemia do novo coronavirus, anunciaram hoje os serviços da Presidência.

Entre estas medidas pode estar um novo confinamento da população.

A intervenção de Macron vai ocorrer depois de o gabinete de crise ministerial ter feito duas reuniões e de o seu primeiro-ministro, Jean Castex, ter reunido hoje com forças partidárias representadas no parlamento, associações de autarcas e parceiros sociais.

O chefe do governo considerou “indispensável” adotar novas medidas, menos de duas semanas depois de instaurar um recolher obrigatório a dois terços da população, que não conseguiu deter o avanço dos contágios.

“Temos que mobilizar os representantes nacionais e o conjunto do país”, escreveu Castex na rede social Twitter, adiantando que na quinta-feira vai às duas câmaras parlamentares defender o plano para travar a propagação do vírus.

Segundo vários meios de comunicação, o executivo gaulês pondera várias hipóteses, entre as quais ganha peso um novo confinamento da população, meio ano depois do que se viveu no país entre março e maio últimos.

A avançar agora, seria menos rigoroso, mantendo abertas escolas e outras atividades essenciais.

Outras possibilidades são as de um confinamento local, de alguns departamentos mais afetados, ou um simples endurecimento do recolher obrigatório, opção que parece estar a perder peso.

“Devemos esperar decisões difíceis”, alertou hoje o ministro do Interior, Gérald Darmanin, evocando as novas restrições previstas em Itália, Espanha e República Checa.

A circulação do vírus “está fora de controlo”, estimou o infeciologista Gilles Pialoux, na estação televisiva BFM-TV, apelando explicitamente a “reconfinar o país”.

As organizações patronais já preveniram para o risco de a economia afundar.

“Se reconfinarmos totalmente, como em março, vamos para um afundamento da economia francesa e arriscamo-nos a não recuperar”, avisou o presidente da organização patronal Medef, Geoffroy Roux de Bézieux.

Entretanto, o governo indicou hoje que as residências de idosos vão contar, a partir dos próximos dias, testes rápidos de antigénios para procurar reduzir os prazos de diagnóstico e evitar os focos de contágio.

A ministra Brigitte Bourguignon justificou a novidade, por ser um mecanismo necessário par realizar diagnósticos rápidos e “evitar focos perigosos em uma segunda vaga, que está a ser muito forte”.

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