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Macron junta “os principais países europeus” em Paris para discutirem segurança

Este encontro terá lugar no dia seguinte à Conferência de Segurança de Munique (Alemanha), marcada por um discurso hostil do vice-presidente norte-americano, JD Vance, contra a União Europeia, que acusou de não respeitar a “liberdade de expressão”, e pela confirmação de que os americanos estavam a considerar negociações sobre a Ucrânia sem os europeus.
Emmanuel Macron
French President Emmanuel Macron looks on during an official welcome ceremony for the President of Angola, Lourenco, at the Hotel des Invalides in Paris, France, 16 January 2025.  EPA/LUDOVIC MARIN / POOL MAXPPP OUT
16 Fevereiro 2025, 15h16

O presidente francês, Emmanuel Macron, vai reunir “os principais países europeus” em Paris, esta segunda-feira, 17 de fevereiro, para discutirem a “segurança europeia”, confirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot.

“O Presidente da República vai reunir amanhã [segunda-feira] os principais países europeus para debater a segurança europeia”, declarou Barrot à rádio France Inter, sem especificar os participantes nesta “reunião de trabalho”.

Este encontro realiza-se no dia seguinte à Conferência de Segurança de Munique (Alemanha), marcada por um discurso hostil do vice-presidente norte-americano, JD Vance, contra a União Europeia, que acusou de não respeitar a “liberdade de expressão”, e pela confirmação de que os americanos estavam a considerar negociações sobre a Ucrânia sem os europeus.

“Não temos lições a receber”, disse Barrot à France Inter, a propósito da liberdade de expressão, acrescentando: “Temos de nos livrar dos complexos de inferioridade”, “não nos deixaremos intimidar”.

“Não aceitaremos interferências de qualquer tipo”, enfatizou. Uma semana antes das eleições legislativas alemãs, considerou os comentários de JD Vance, criticando o cordão sanitário dos partidos políticos alemães tradicionais contra a extrema-direita AfD, como “obviamente inaceitáveis”.

“Protegeremos a nossa democracia e o nosso debate público, estes são os nossos bens mais preciosos, mesmo que sejam frágeis”, garantiu Barrot.

Sobre a Ucrânia, reiterou que “só os ucranianos podem decidir parar de lutar”. “Nós iremos apoiá-los até que tomem essa decisão”, afirmou.

Os ucranianos “nunca vão parar até terem a certeza de que a paz que lhes é oferecida será duradoura” e têm a garantia de segurança, acrescentou.

“Quem dará as garantias? Serão os europeus”, repetiu Barrot, sublinhando que “sim, os europeus estarão de uma forma ou de outra envolvidos nas discussões” para pôr fim à guerra na Ucrânia.

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