O líder da CDU Madeira, Edgar Silva, considerou que a situação política que se vive na Região Autónoma da Madeira é de uma “podridão insana”. A consideração foi feita durante um almoço convívio realizado no fim-de-semana.
“A atual situação política regional atingiu um nível máximo de putrefação. É de um pivete insuportável. É de uma podridão insana. Vemos jogadas atrás de jogadas, que mais não visam do que prolongar o atual regime”, disse Edgar Silva.
Relativamente ao atual quadro parlamentar da Região, Edgar Silva referiu que se vê um Parlamento “completamente desprestigiado” e a Autonomia a estar cada vez mais ridicularizada”.
Edgar Silva considerou que “não existe o menor compromisso com a resolução dos mais graves problemas” das populações.
“Cabe-nos perguntar: Quando terão lugar os problemas da crescente precariedade no trabalho? Quando haverá agenda para os problemas da juventude desta terra? Para quando a resolução da desesperante luta pelo direto à casa?”, disse Edgar Silva.
O dirigente partidário deixou também críticas à oposição. “Não é mais possível deixar de questionar aqueles que deveriam ter um papel distintivo na oposição parlamentar. O que é que PS e Juntos Pelo Povo (JPP) andam a fazer na Assembleia Regional? Por isso, não podemos deixar de colocar algumas perguntas a quem se diz da oposição no Parlamento da Madeira: Como é possível que PS e JPP tenham sido cúmplices da manobra de adiamento da votação da moção de censura ao atual Governo Regional? Que sentido faz pretender a aprovação do Orçamento daquele Governo que, supostamente, se pretende derrubar? Porque razão PS e o JPP se deixam levar pela mão da extrema direita, num processo como a moção de censura ao atual regime? Porque razão nem um nem outro partido avançaram com uma moção de censura? Porque aceitam ir a reboque do Chega? … que ainda por cima tem sido um dos partidos que, através do voto no Parlamento, têm prolongado o regime?”, questionou Edgar Silva.
Edgar Silva considerou que a CDU “faz muita falta” no Parlamento e acrescentou que “se a CDU lá estivesse, nunca teríamos permitido o adiamento da censura ao Governo. Se a CDU estivesse no Parlamento, há muito tempo que já teríamos avançado com uma nossa moção de censura, aliás, tal como o fizemos em 2008, 2009, 2011 e 2016”.
Relativamente ao adiamento do debate e votação da moção de censura ao Governo da Madeira, Edgar Silva disse que a manobra de adiamento da discussão da moção de censura visa no “essencial prolongar a vida” do Governo de Albuquerque, “dar tempo a novas jogadas para procurar sobreviver no pântano de promiscuidade que o envolve. Uma manobra que só tem viabilidade porque PS e JPP lhe dão cobertura a pretexto da aprovação do Orçamento Regional e que expõe uma confissão declarada de demissão no combate ao PSD e ao seu Governo”.
Edgar Silva acrescentou que “quem se pretende em palavras apresentar como “oposição”, mas admite como bom para Região, para os madeirenses e porto-santenses possibilitar que o Orçamento Regional seja aprovado pela atual maioria só o pode fazer porque sabe que partilha no essencial das mesmas opções que PSD e CDS-PP”.
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