A eurodeputada do PS, Sara Cerdas, quer que a União Europeia garanta coesão digital e alertou as instâncias europeias para as desigualdades em algumas regiões em termos de cobertura de rede/dados.
“Enquanto em alguns locais falamos no 5G, noutras localidades mais remotas, como é o caso nas Regiões Ultraperiféricas em Portugal, ainda não existe cobertura de rede/dados em determinadas zonas. É essencial que a Comissão Europeia garanta uma coesão digital e imperioso que dê uma especial atenção a estas regiões, visando reduzir as discrepâncias e desigualdades existentes”, defendeu Sara Cerdas.
A eurodeputada eleita pelo PS considera que devem existir investimentos para as regiões ultraperiféricas nesta área, porque seria um incentivo para a fixação de empresas, jovens e trabalhadores. “Perante um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente ao nível de ferramentas e tecnologias, a falta de cobertura de dados em algumas localidades é um entrave à descentralização e a fixação das empresas ou serviços que queiram investir e desenvolver os seus produtos nestas localidades. Mas falamos também de atrair jovens, nómadas digitais e trabalhadores remotos e disponibilizar-lhes todas as condições de vida e de trabalho, o que tem também um impacto positivo para a economia local”, disse Sara Cerdas.
A eurodeputada questionou ainda a Comissão Europeia sobre os investimentos que estão previstos para as regiões ultraperiféricas de modo a colmatar as falhas na rede e cobertura de dados, melhorar o seu desenvolvimento e contribuir para a coesão territorial.
Sara Cerdas lembra que o desenvolvimento do 5G foi assumido como uma prioridade da Comissão Europeia em 2016, tendo inclusive previsto que em 2020 houvesse 5G em toda a União Europeia. “No entanto, a sua implementação está a demorar mais do que o previsto”, referiu a eurodeputada do PS.
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