O deputado da Iniciativa Liberal (IL), Nuno Morna, considerou que a proposta de Orçamento Regional para a Região Autónoma da Madeira, para 2025, “compromete a sustentabilidade económica” e “limita a liberdade de iniciativa dos cidadãos” da Região.
Nuno Morna disse que a proposta de Orçamento “é um retrocesso claro” para a Madeira.
“Com uma forte orientação intervencionista, o Governo Regional promove um modelo de gestão que redistribui recursos ineficazmente, concentra poder e amplia a máquina pública, enquanto ignora a importância do sector privado para o desenvolvimento económico e social da nossa Região”, afirmou Nuno Morna.
O parlamentar considerou que existe uma “dependência excessiva” do Estado, promovida pela proposta de Orçamento, que se traduz por exemplo na atribuição de “subsídios indiscriminados” a várias áreas, que vão desde a habitação, à cultura, ao turismo e ao desporto.
“O financiamento de eventos poderia ser feito pelo sector privado. Em vez disso, vemos recursos públicos a serem usados de forma questionável, perpetuando ciclos de dependência e prejudicando a capacidade de inovação do mercado”, disse Nuno Morna.
Nuno Morna mostrou também preocupação com o crescimento da máquina pública.
“Assistimos a um aumento dos gastos com progressões salariais na administração pública, sem qualquer critério de produtividade ou mérito. Este tipo de política não só sobrecarrega os contribuintes como também inibe o investimento em sectores verdadeiramente produtivos”, referiu Nuno Morna.
Além disso Nuno Morna criticou o endividamento regional.
“Este Orçamento autoriza um aumento substancial do endividamento da Região, com prazos de amortização que podem chegar a 50 anos. Estamos a transferir o peso das nossas dívidas para as gerações futuras, sem resolver os problemas estruturais que enfrentamos hoje”, disse o deputado da Iniciativa Liberal.
Nuno Morna acrescentou que apesar de existirem “medidas pontuais” de desagravamento fiscal os impostos “continuam elevados, desincentivando o investimento e prejudicando a competitividade” da economia regional.
“A combinação de alívios fiscais populistas com a manutenção de uma carga elevada sobre o sector produtivo é um claro sinal de que o Governo Regional não está interessado em promover uma verdadeira economia de mercado. Esta política apenas perpetua as desigualdades e reforça a dependência do Estado”, referiu Nuno Morna.
O parlamentar defendeu uma mudança de rumo e um modelo económico alternativo para a Madeira que tenha como foco a descentralização, a promoção da competitividade, a criação de um ambiente propício ao empreendedorismo e à inovação.
“Precisamos de reformas que incentivem a criação de riqueza e que coloquem as pessoas e as empresas no centro do desenvolvimento da Região, e não uma máquina estatal que apenas serve aos interesses de curto prazo dos que estão no poder”, disse Nuno Morna.
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