[weglot_switcher]

Madeira: JPP acusa Governo Regional de ser cúmplice no “crime ambiental” da Lagoa do Lugar de Baixo

O JPP pergunta onde está a fiscalização da autarquia da Ponta do Sol perante o “atentado ambiental” da Lagoa do Lugar de Baixo. O partido considera que este local “tem de voltar ao que era” e sublinhou a importância de respeitar a natureza.
16 Agosto 2021, 13h06

A candidata do JPP à Assembleia Municipal da Ponta do Sol, Maria José, acusa o Governo da Madeira de ser cúmplice no “crime ambiental” da Lagoa do Lugar de Baixo, sublinhando que este local tinha características que o tornavam “único” e que agora é tratado como “lixo” pelo executivo.

“Temos um espaço conspurcado, cheio de canaviais, lixo, com águas sujas a serem ali depositadas, e sem ninguém tomar uma atitude. É isto que querem deixar para os nossos filhos e netos? Onde anda a fiscalização da Câmara Municipal da Ponta do Sol? Como pode o Governo Regional ser cúmplice de um crime ambiental, num habitat de aves migratórias? Somos tratados como lixo no Lugar de Baixo”, afirmou Maria José.

A candidata à Assembleia Municipal lembra que as características Lagoa do Lugar de Baixo tornavam este um espaço “único” na região.

“À Lagoa do Lugar de Baixo chegavam aves migratórias, patos flamingos, galinhas de água, os camões e até um pelicano que chegou a ficar de um ano para o outro. Em tempos não muito distantes, até ostras foram encontradas neste local”, elencou.

Maria José diz que quando se iniciou a plantação do canavial que chegou a chamar à atenção para este assunto, mas foi “tratada mal”.

A candidata do JPP à Assembleia Municipal diz que a Lagoa do Lugar de Baixo era “um local onde muitas crianças aprenderam a nadar, onde existia água límpida e cristalina, onde se viam juncos que eram, posteriormente, utilizados pelos pescadores para fazer esteiras para joeirar o trigo, seja hoje um crime ambiental”.

Maria José lembra ainda a “lagoa da erva”, explicando que este espaço é agora ocupado pela infraestrutura junto à Lagoa e que, em tempos, serviu de campo desportivo, criado pela Junta Geral. “Após a anexação deste espaço à Ponta Oeste, na década de 90, até isso desapareceu”, acrescentou.

“Este espaço tem de voltar ao que era. No passado éramos mais pobres e com menos estudos, mas tínhamos respeito pela Natureza. Hoje, com tanta evolução, com tanto conhecimento, como podem permitir que isto aconteça? Temos de respeitar a nossa Natureza”, afirmou a candidata do JPP à Assembleia Municipal.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.