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Madeira: PS anuncia voto contra moção de confiança e Programa de Governo do PSD

“Há uma fronteira bem clara. Essa fronteira é entre os partidos que querem uma mudança de regime e os que querem manter tudo como está. Não há aqui neutralidade”, afirmou o líder do PS Madeira, que lembrou que o PS apresentou uma solução governativa conjunta com o JPP, que excluía o PSD, que não foi aceite pelo Representante da República.
1 Junho 2024, 15h34

O líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, anunciou, na reunião da Comissão Política da força partidária, o voto contra dos socialistas quando for apresentada a moção de confiança e o Programa de Governo do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira.

Cafôfo sublinhou que o PS é “completamente coerente” com aquilo que vem defendendo e considerou que cabe agora aos partidos que, durante a campanha, disseram que não iam apoiar o PSD, referindo-se ao “Chega, CDS-PP (que já se juntou ao PSD), PAN e Iniciativa Liberal” tomarem uma posição.

“Veremos agora na Assembleia Regional o que é que vai acontecer e qual a posição dos partidos”, disse o líder socialista madeirense.

O líder do PS Madeira acrescentou que perante esta “incerteza e os possíveis cenários” os socialistas mantém a sua posição de se apresentar “como alternativa, porque sem o partido não é possível a mudança na Região”.

Cafôfo reafirmou a “postura de responsabilidade e de compromisso” que o partido tem tido com a “necessária mudança”.

O líder dos socialistas madeirense recordou que após as eleições regionais de 26 de maio apresentou, juntamente com o Juntos Pelo Povo (JPP) uma solução governativa que excluía o PSD.

O dirigente socialista salientou que se tratou de uma declaração de princípios entre PS e JPP para criar as “condições para uma solução de Governo alternativa, estável e responsável, mas esse não foi o entendimento do Representante da República”.

Cafôfo confirmou que vai assumir o lugar de deputado na Assembleia Legislativa da Madeira e a liderança da bancada parlamentar, “na linha da frente do combate para a mudança das políticas na Região”, e que vai suspender o seu mandato como deputado na Assembleia Legislativa da República.

O dirigente socialista sublinhou que do lado da direita, há a “instabilidade, o ziguezaguear, a confusão e a incerteza” e pediu definição das restantes forças partidárias que compõem o parlamento regional.

“Há uma fronteira bem clara. Essa fronteira é entre os partidos que querem uma mudança de regime e os que querem manter tudo como está. Não há aqui neutralidade”, afirmou o dirigente dos socialistas madeirenses.

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