Madeira: PS coloca responsabilidade de aprovação do Orçamento nos partidos que viabilizaram Governo de Albuquerque

O presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo, colocou a responsabilidade de aprovação da proposta de Orçamento Regional, de 2015, nos partidos que apoiaram o executivo de Miguel Albuquerque, viabilizando o Programa de Governo, em julho.

“Os partidos que seguraram Miguel Albuquerque, viabilizando o Programa de Governo em julho, é que têm agora a responsabilidade de aprovar o Orçamento Regional para 2025”, referiu o dirigente socialista.

Cafôfo considerou que a proposta de Orçamento “representa mais do mesmo”, que “não reflete” uma mudança de prioridades por parte do Executivo e “não resolve os principais problemas” que afetam os madeirenses e porto-santenses.

“Estamos perante um Governo que se vangloria com um dos maiores Orçamentos de sempre, mas a verdade é que isso não se reflete no dia a dia de todos os madeirenses. Temos um Governo rico que governa para os muito ricos”, disse o presidente do PS Madeira.

O socialista salientou que numa “postura coerente”, onde o partido votou contra a moção de confiança ao Governo Regional e o Orçamento de 2024, “não é” o PS que tem agora a obrigação de aprovar o Orçamento para o próximo ano.

“Foram o CDS-PP, o Chega, o PAN e a Iniciativa Liberal que viabilizaram este Governo, fazendo acordos com o PSD e negociando a inclusão de medidas suas no programa, para serem executadas nos Orçamentos”, disse Cafôfo.

O socialista acrescentou, levando em conta os acontecimentos mais recentes, que o Governo Regional tem a oportunidade de discutir o Orçamento, e acrescentou que “cabe aos partidos que participaram na sua elaboração, com as suas propostas, aprová-lo”.

Relativamente à proposta de Orçamento, Cafôfo disse que “não dá mostras de responder às dificuldades sentidas” pelos madeirenses.

“Continuaremos com graves problemas no acesso à habitação, com uma saúde cada vez mais débil e que não cumpre os prazos recomendados, com baixos rendimentos, com impostos que não são reduzidos até ao valor permitido por lei e na dianteira das regiões com maior risco de pobreza. Mas, claro, para o PSD, tudo isto é normal”, disse o dirigente socialista.