Madeira: PS considera “inaceitável rutura sistemática” de medicamentos na farmácia hospitalar

O PS Madeira considerou “inaceitável” a “sistemática rutura” de medicamentos na farmácia hospitalar. Para os socialistas madeirenses esta situação “resulta de má gestão e mau planeamento” por parte do Governo Regional, e coloca “em causa os tratamentos de que muitas pessoas necessitam, inclusive para doenças do foro oncológico”.

Durante uma reunião com o Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, o grupo parlamentar do PS Madeira, através do presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo, referiu que a força partidária já solicitou esclarecimentos sobre esta matéria ao secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos.

Cafôfo disse também que a área da Saúde é uma das “grandes prioridades” dos socialistas madeirenses, e mostrou preocupação com as “continuadas falhas” do Sistema Regional de Saúde (SESARAM) no fornecimentos de fármacos aos doentes.

O dirigente socialista considerou que o Governo Regional tem dado “muitas desculpas” para estas lacunas na Saúde, dando como exemplo os atrasos nos fornecedores, problemas na distribuição e inoperacionalidade do aeroporto da Madeira.

“A verdade é que, durante tanto tempo – e são vários anos –, há sempre rutura de stock e falta de medicamentos, pondo em causa a saúde das pessoas”, disse Cafôfo, que considerou “inaceitável que os tratamentos destes doentes fiquem comprometidos”.

Cafôfo referiu que o PS Madeira já solicitou ao secretário da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, “os relatórios da farmácia do hospital relativos aos últimos quatro anos, bem como as prescrições de medicamentos, contrabalançando a necessidade dos mesmos com o seu efetivo fornecimento aos utentes, para verificarmos aquilo que se passa com esta má gestão e mau planeamento dos fármacos, muitos deles para doenças oncológicas”.

O presidente do PS Madeira acrescentou que estas pessoas “já se encontram tão fragilizadas devido à doença e não podem, continuadamente, estar expostas a estas lacunas que interferem nos seus tratamentos”.