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Madeira: PS diz que situação da direção clínica do SESARAM revela incompetência política do Governo Regional

O PS diz que a situação da direção clínica do SESARAM revela que verificou-se “a total instrumentalização e partidarização” da Saúde. os socialista dizem que Albuquerque, presidente do Governo Regional, tem “a total responsabilidade” por toda esta situação, e que Pedro Ramos, secretário regional da Saúde, “não tem condições para continuar a tutelar a saúde.
28 Fevereiro 2020, 10h10

O PS Madeira defendeu que a situação em torno da direcção clínica do Serviço Regional de Saúde (SESARAM) demonstra a incompetência e falta de estratégia por parte do Governo Regional.

A coligação que suporta o Governo da Madeira, constituída por PSD e CDS-PP, nomeou Mário Pereira, para a direção clínica do SESARAM. Isto motivou o pedido de demissão de 33 diretores clínicos e coordenadores de unidades do SESARAM por entenderem que o médico não possui as características indicadas para assumir este cargo, acrescentando que o cargo é de competência técnica e não de nomeação política.

Na passada quarta-feira o mesmo conjunto de médicos voltou a reivindicar a demissão de Mário Pereira como director clínico do SESARAM, e pediram uma audição a Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional.

Na quinta-feira Mário Pereira pediu a sua exoneração como director clínico do SESARAM.

Mário Pereira dizia que “assumiu com empenho e sentido de serviço público” e que desde a primeira hora “assumi uma postura de diálogo e de espírito de colaboração com todos os profissionais”, mas que sente que “não conseguiu o consenso imprescindível para a concretização, em pleno, dos objetivos propostos”.

Sobre esta situação da direção clínica o PS diz que para além da incompetência política e falta de estratégia do Governo Regional, verificou-se “a total instrumentalização e partidarização” da Saúde.

“O PS Madeira sempre defendeu que o mesmo não deveria ter tomado posse, dada a oposição da maioria dos diretores de serviço e coordenadores de unidade hospitalar do SESARAM. O diretor clínico é um cargo técnico de enorme responsabilidade pessoal, onde é necessário a validação e concordância dos seus pares. Assistimos a uma verdadeira peça de teatro, uma farsa que ainda não tem um epílogo, e que continuará a destabilizar o Serviço Regional de Saúde”, afirmam os socialistas.

O PS diz que Albuquerque, presidente do Governo da Madeira, “tem a total responsabilidade” por toda esta situação, “Achincalhou a classe médica, incitou às demissões dos dirigentes e revelou não estar minimamente preocupado com as consequências dos seus atos”, acrescentou.

Os socialistas dizem ainda que apesar de Mário Pereira ter abandonado o cargo de diretor clínico do SESARAM vai assumir em contrapartida a presidência da Comissão de Acompanhamento do Novo Hospital.

“Numa artimanha que visa satisfazer os egos da coligação PSD e CDS e que prova que a este governo não interessa resolver problemas, mas sim encontrar lugares para todos os seus “homens de mão””, refere.

O PS diz ainda que o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, tem de tirar consequências desta situação da direcção clínica do SESARAM, considerando que Pedro Ramos é “o principal derrotado” com toda esta situação, e reivindica que o governante “não tem condições de continuar à frente” da tutela da saúde na Madeira.

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