O volume de negócios das Unidades Comerciais de Dimensão Relevante (UCDR), localizadas na Região Autónoma da Madeira, teve uma subida de 12,4%, em 2023, para os 659,3 milhões de euros, face ao ano anterior, estando incluídos 656,3 milhões de euros de volume de vendas, indicam os dados da Direção Regional de Estatística (DREM).
“Em 2023, existiam 89 Unidades Comerciais de Dimensão Relevante (UCDR) localizadas na Região Autónoma da Madeira (mais duas que em 2022), 66,3% dos quais dedicadas ao retalho não alimentar e 33,7% afetas ao retalho alimentar ou com predominância alimentar. Note-se que uma parte substancial destes estabelecimentos (80,6%) pertence a empresas cuja sede está localizada em Portugal Continental”, referiu o instituto de estatística.
Estas unidades eram responsáveis por 3.121 postos de trabalho, mais 5,5% face ao ano anterior, 68,2% dos quais mulheres, e 22,5% do total era em regime temporário.
“O retalho alimentar, com 30 estabelecimentos, gerou um volume de vendas de 454,6 milhões de euros (396,1 milhões de euros em 2022), enquanto os 59 estabelecimentos do retalho não alimentar faturaram 201,7 milhões de vendas de mercadorias (187,8 milhões de euros no ano anterior)”, indicam os dados da DREM.
O instituto de estatística salientou que em média cada estabelecimento de retalho alimentar realizou um valor de vendas anual de 15,2 milhões de euros, “valor que se reduz para cerca de 3,4 milhões de euros no caso dos estabelecimentos de retalho não alimentar”.
Os dados da DREM dizem ainda que as unidades do retalho alimentar empregavam 2.069 trabalhadores (+3% do que no ano anterior), “69,1% dos quais mulheres, sendo que 18,2% daquele total trabalhava em regime temporário”. Nas unidades do retalho não alimentar estavam empregados 1.052 trabalhadores (+10,6% do que no ano anterior), “66,6% dos quais mulheres, sendo que 30,9% daquele total trabalhava em regime temporário”.
Em 2023 a área de exposição e venda no retalho alimentar atingiu os 38,1 mil m2, e no retalho não alimentar os 49,1 mil m2, sublinha o instituto de estatística.
“O número de transações realizadas nos estabelecimentos UCDR atingiu os 27,2 milhões. No retalho alimentar, o valor médio por transação correspondeu a 20,6 euros (19,0 euros em 2022) e no retalho não alimentar a 39,7 euros (36,3 euros em 2022)”, diz a DREM.
“Nas unidades de retalho alimentar, as vendas de produtos alimentares, bebidas e tabaco representaram 82,0% das vendas totais (+1,3 p.p. face a 2022). Neste grupo, os “outros produtos alimentares, n.e.” (16,1%), a “carne e produtos à base de carne” (15,4%) e os “frutos e produtos hortícolas” (12,3%) foram os principais produtos vendidos. De entre os produtos não alimentares comercializados nestas unidades (18,0% das vendas totais), os de “cosmética e higiene pessoal” (7,5%), as “Outras vendas e produtos” (4,1%) e os de “limpeza doméstica” (3,4%) foram os que mais se destacaram”, descreve o instituto de estatística.
Os dados da DREM dizem ainda que nos estabelecimentos de retalho não alimentar, “os produtos com as vendas mais expressivas foram o “vestuário e acessórios” (27,6%), os “eletrodomésticos” (13,4%), os “computadores e material ótico, fotográfico e de telecomunicações” (12,5%) e o “mobiliário e artigos de decoração” (9,9%)”.
Em 2023, a venda de produtos de marca própria foi de 249,7 milhões de euros nos estabelecimentos UCDR (+15,9% face a 2022), “representando 36,1% e 42,6% do volume de vendas global dos segmentos alimentar e não alimentar, respetivamente (pela mesma ordem, 34,4% e 42,3% em 2022)”.
No que diz respeito aos meios de pagamento utilizados, “os cartões de débito e de crédito foram usados em 67,8% das vendas no retalho alimentar (59,4% em 2022) e 73,8% das vendas no retalho não alimentar (68,3% em 2022). Os pagamentos em numerário representaram 28,7% das vendas do total no retalho alimentar (29,8% em 2022) e 22,6% das vendas do retalho não alimentar (23,0% em 2022)”.
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