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Maior angariador mundial de apostadores VIP desmente ser alvo de investigação chinesa

O Suncity VIP Club possui uma reserva fiscal de 10,58 mil milhões de dólares de Hong Kong (1,21 mil milhões de euros) e o total de ativos compensa os depósitos dos clientes, perdas previsíveis e dívidas incobráveis, garantiu o grupo.
13 Julho 2020, 09h07

O maior angariador do mundo de grandes apostadores e que explora mais de 40% dos casinos em Macau desmentiu no domingo ser alvo de qualquer investigação por parte das autoridades chinesas.

O diretor-executivo, Alvin Chau, desmentiu “rumores falsos” que apontavam a empresa como alvo de uma operação anticrime a nível nacional conduzida pelas autoridades chinesas e que o grupo estivesse a dar qualquer apoio aos manifestantes pró-democracia na vizinha cidade de Hong Kong.

“Os últimos rumores do grupo Suncity a subsidiar manifestantes em Hong Kong são extremamente absurdos e ilógicos. Profundamente enraizado em Macau, com uma devoção sincera à pátria, o Grupo Suncity nunca apoia ações que possam prejudicar o país”, assegurou Chau, citado num comunicado enviado à Lusa.

O mesmo responsável desmentiu também que as autoridades policiais da China continental possuam informações de clientes da empresa Suncity VIP Club, que gere o negócio em vários territórios asiáticos.

“Como uma instituição legalmente registada em Macau e regulamentada pela Lei de Proteção de Dados Pessoais de Macau, o Grupo Suncity está estritamente proibido de divulgar arbitrariamente qualquer informação dos clientes”, de acordo com a nota, a qual sublinha não existir registo de qualquer ataque informático que possibilitasse o roubo de dados.

O grupo salientou ainda a sua robustez financeira, negando ainda rumores de que a alegada investigação tivesse levado a uma corrida dos clientes para levantarem o dinheiro depositado.

O Suncity VIP Club possui uma reserva fiscal de 10,58 mil milhões de dólares de Hong Kong (1,21 mil milhões de euros) e o total de ativos compensa os depósitos dos clientes, perdas previsíveis e dívidas incobráveis, garantiu o grupo.

A Direção de Coordenação e Inspeção de Jogos (DICJ) disse já desconhecer quaisquer irregularidades relacionadas com as atividades do grupo em Macau, noticiou o portal Macau News Agency.

Há um ano, representantes do grupo foram ouvidos pela DICJ por alegada promoção ilegal do jogo online.

O Suncity também negou ter cometido qualquer ilegalidade, após um artigo do Economic Information Daily, um jornal afiliado da agência de notícias oficial chinesa Xinhua, ter denunciado o recrutamento de apostadores no interior da China por parte do grupo para atividades proibidas em Macau.

A 21 de maio, em declarações à Lusa, o diretor executivo do Suncity anunciara a pretensão do grupo de concorrer às concessões de novas licenças de jogo em Macau, em 2022.

O concurso público para exploração do jogo em Macau está previsto para 2022, existindo atualmente três concessionárias (Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn resorts) e três subconcessionárias (Venetian, MGM Resorts e Melco).

Os casinos de Macau fecharam 2019 com receitas de 292,4 mil milhões de patacas (cerca de 32,4 mil milhões de euros).

Com os vistos turísticos da China para Macau suspensos, o número de visitantes provenientes do interior da China caiu em maio 99,4%, em termos anuais. Mas o mês de junho foi o pior: receitas de apenas 716 milhões de patacas (79,2 milhões euros), menos cerca de 23 mil milhões de patacas (2,55 mil milhões de euros) do que em junho de 2019.

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