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Maior cooperação “pan-europeia” é um fator positivo para a Europa

A Allianz Global Investors (AllianzGI) afirma que na Zona Euro “a maior disponibilidade para uma maior cooperação pan-europeia, a perspetiva de aumento da despesa pública na Alemanha e o aumento da despesa com defesa são fatores positivos para a Europa”.
bolsa bolsas bolsa de Lisboa
1 Julho 2025, 11h26

As alterações políticas e os conflitos geopolíticos têm tido um impacto nos mercados, com os investidores já a avaliarem os próximos passos.

No que toca aos Estados Unidos, a Allianz Global Investors (AllianzGI), afirma que os “fatores que fizeram do país um ambiente de negócios excecional permanecem intactos”, contudo, os analistas revelam que “a atual ponderação dos EUA nos índices globais pode estar sobrevalorizada”.

Já no que toca à Zona Euro, os analistas referem que “a maior disponibilidade para uma maior cooperação pan-europeia, a perspetiva de aumento da despesa pública na Alemanha e o aumento da despesa com defesa são fatores positivos para a Europa”.

Contudo, “o crescimento mantém-se moderado e os riscos de guerra comercial iminentes. Esperamos que a inflação diminua e que o Banco Central Europeu mova a taxa de depósito para 1,5-1,75% até ao final de 2025. No Reino Unido, prevemos cortes graduais nas taxas”, apontam.

O índice de indicadores de crescimento global da AllianzGI caiu pela primeira vez em três meses, refletindo assim o impacto da guerra. Já o desempenho global “foi afetado por um abrandamento na indústria transformadora, que deixou de antecipar a produção por causa das tarifas”.

Apesar deste sentimento negativo, na Zona Euro os dados revelam que “continuou a registar ganhos”.

Sobre as ações, o período de “correção e subsequente recuperação, as ações dos EUA continuam a apresentar valorizações muito elevadas face aos padrões históricos. Contudo, existem oportunidades em outros mercados”.

Virginie Maisonneuve, diretora de investimento global (CIO) em Ações, afirma que “na Europa, a contínua atenção na “soberania” dará um impulso positivo, já que os governos vão aumentar o investimento em infraestrutura e indústrias estratégicas. Acreditamos que o diferencial de crescimento dos lucros face aos EUA irá diminuir em 2026. Na Ásia, o avanço de modelos de IA baseados em linguagem para modelos multimodais, que impulsionam sistemas mais complexos, será um motor fundamental do crescimento e da inovação tecnológica, especialmente na China”.

Perante ações norte-americanas mais caras, os analistas apontam que “as ações japonesas são as mais subvalorizadas dos ativos que analisamos. As ações da Zona Euro parecem cada vez mais atrativas”.

“Poderemos assistir a uma reavaliação antes do final do ano, dependendo das tensões comerciais e da política americana, bem como das diferenças entre países em termos de taxas de juro e crescimento”, revelam.

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