O ano fiscal de 2024 foi positivo para as sociedades de advogados com sede no Reino Unido. A grande maioria (81%) das 100 maiores firmas reportou aumentos no lucro comparativamente às 56% que o disseram no ano passado, conclui a 33ª edição do inquérito “Law Firms’ Survey”, publicado esta semana pela PwC.
Para tal, contribuíram significativamente os honorários cobrados pelos profissionais. As horas cobráveis aumentaram em praticamente todos os graus de remunerados (excluindo sócios). Só as horas de trabalho dos partners é que reportaram subidas modestas, de aproximadamente 4% entre o top 10, onde se encontram nomes como Allen and Overy, Clifford Chance, DLA Piper, CMS, Linklaters, Eversheds Sutherland, entre outras.
As sociedades reportaram também crescimentos em termos de receitas de honorários. No caso das 10 e das 11-25 maiores, a subida homóloga foi de 8% e 9%, respetivamente, mas nas 25 maiores esse acréscimo ainda foi mais notório: quase todas (94%) viram as comissões aumentar e para pouco menos de metade (44%) o aumento foi a dois dígitos, de acordo com o “Law Firms’ Survey 2024”.
“As 10 principais firmas alcançaram o crescimento das suas receitas de taxas predominantemente através de um aumento na taxa média por hora, juntamente com o aumento do total de horas cobráveis, com a divisão de aproximadamente 65%/35%. A divisão entre as 11-25 maiores firmas foi de aproximadamente 50%/50%”, lê-se no relatório da Big Four.
A consultora concluiu assim que o desempenho financeiro do setor jurídico britânico foi “extremamente” positivo no exercício fiscal de 2024, uma vez que o crescimento das receitas com as comissões globais – dos seus escritórios internacionais, onde se inserem os de Portugal – e do Reino Unido excedeu as expectativas acabou por ter um impacto positivo na rentabilidade da empresa, a par com as medidas para controlar os custos operacionais e o tamanho do staff.
Ou seja, o número de colaboradores continua a crescer, mas de forma controlada. Entre as 10 maiores sociedades britânicas, a força de trabalho aumentou 2,6%, sendo que a população remunerada (incluindo sócios) subiu 1,3% e também se verificou investimento nas funções de suporte (+4,2%).
Por outro lado, ainda há trabalho a fazer na melhoraria dos fundos de maneio, que continuam “fracos”, segundo a PwC. Certo é que os escritórios estão conscientes daquilo que pode trazer a contínua incerteza do mercado, daí aproximadamente metade (55%) dos 100 maiores afirmarem que estão ou “extremamente” ou “um pouco preocupados” com a volatilidade macroeconómica e a instabilidade geopolítica.
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