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Maioria dos inquiridos deseja menos imigração e emigração, revela estudo

Estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Católica-Lisbon revela que a maioria dos inquiridos está preocupado com os níveis atuais de emigração e de imigração.
18 Setembro 2024, 12h44

A maioria dos sondados num inquérito do Observatório da Sociedade Portuguesa da Católica-Lisbon defende menos imigração e deseja menos emigração.

Com um universo de quase mil inquiridos, a maioria (72%) deseja reduzir o fluxo de imigração, mas também de emigração (82%). Os inquiridos revelaram também estarem preocupados com os atuais níveis tanto de emigração (70%) como de imigração (73%).

O estudo também avaliou os sentimentos dos portugueses face à habitação e medidas governativas de facilitação de compra de primeira casa aos jovens.

Assim, a maioria concorda com as medidas de Isenção de IMT e IS para parcela até 316.772 euros (61% e 70%, respetivamente), Taxa Única IMT de 6% para imóveis até 1,1 milhões de euros e de 7,5% para casas com valores superiores (47%), e Garantia Pública de até 15% do valor do imóvel (67%), que podem facilitar a compra de primeira casa aos jovens.

O estudo também analisou a situação habitacional dos inquiridos e o peso no orçamento familiar, confiança em instituições rendimento e hábitos de poupança, confiança económica, felicidade e satisfação com a vida, perceção de saúde e qualidade de vida, e bem-estar com a vida.

Olhando para o peso dos custos habitacionais no orçamento familiar, 33% indica gastar mais do que 30% do rendimento do agregado familiar com arrendamento ou pagamento de prestações de casa.

Face a resultados homólogos, há mais inquiridos (+ 8 pp) a dedicar até 50% do seu rendimento a gastos com renda ou prestações, e há menos a gastarem mais de 50% dos rendimentos para pagar habitação (-4,5 pp).

Mais de 50% confiam na União Europeia, com 78% a acreditarem que Portugal pode enfrentar melhor os desafios do futuro fazendo parte da UE.

“Relativamente à forma como Portugal é governado, os participantes demonstraram maior satisfação com a segurança alimentar, seguido dos parques nacionais e espaços abertos e com a segurança nacional. Por outro lado, os níveis de satisfação menos elevados foram referentes ao aumento do preço da habitação, corrupção, oferta de habitação nos centros urbanos, habitação pública, pobreza, desigualdade na sociedade e política de imigração”, segundo o comunicado hoje divulgado.

O inquérito tem um universo de 997 participantes, 510 do sexo feminino e 487 do sexo masculino, com idades entre os 20 e os 73 anos:18.1% dos participantes possui entre 20 e 29 anos de idade, 18.9% possui entre 30-39, 24% entre 40-49, 24.5% entre 50-59 e 14.6% entre 60-69 anos de idade

 

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