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Maioria dos investidores portugueses revela ter tido maior dificuldade em levantar capital na segunda metade de 2024

O “Barómetro do Investimento Early Stage” relativo ao segundo semestre de 2024 conclui que o sentimento dos investidores relativamente à atividade de investimento early stage permaneceu positivo para a maioria dos inquiridos (68%). Não obstante, 71% dos investidores indica que teve maior dificuldade em levantar capital e 78% que houve menos oportunidades de exit neste semestre.
6 Março 2025, 22h04

Mais de dois terços dos investidores nacionais em early stage está otimista quanto aos investimentos a realizar no primeiro semestre de 2025 e quanto ao volume a investir, conclui a Investors Portugal no seu Barómetro.

A Investors Portugal revela que este otimismo não se reflete nas oportunidades de desinvestimento (exit), com a maioria dos investidores a ter expectativas negativas para os primeiros seis meses do ano.

A maioria dos investidores (58%) está mesmo pessimista quanto às potenciais oportunidades de desinvestimento (exit), uma variação negativa de 26 pontos percentuais (pp.) neste indicador face ao período homólogo do ano passado.

O sentimento dos investidores relativamente à atividade de investimento early stage no segundo semestre do ano passado permaneceu positivo para a maioria dos inquiridos (68%). Não obstante, 71% dos investidores indica que teve maior dificuldade em levantar capital e 78% que houve menos oportunidades de exit neste semestre.

A maioria dos investidores portugueses revela assim ter tido maior dificuldade em levantar capital na segunda metade de 2024, revela o Barómetro.

A generalidade dos investidores (71%) afirma ter tido acesso a mais oportunidades de investimento nos últimos seis meses do ano passado, apesar da maioria revelar que os investimentos realizados (65%) e o volume investido (61%) sofreram uma redução, quando comparado com o primeiro semestre de 2024.

“É de destacar o otimismo dos investidores ao nível de oportunidades e volume a investir nos primeiros seis meses deste ano, embora se continue a verificar um clima menos favorável em relação às perspetivas de exit. Este sentimento espelha um problema estrutural no ecossistema nacional: a limitada liquidez para transações de venda ou de mercado secundário”, afirma a presidente da Investors Portugal, Lurdes Gramaxo.

As políticas públicas para o setor continuam a ser insatisfatórias para mais de metade dos inquiridos (55%, menos 3 pp face ao semestre anterior), segundo o mesmo estudo.

A estabilidade e previsibilidade nas políticas públicas e regulamentação para o setor; o estabelecimento de incentivos fiscais para investidores em linha com as melhores práticas europeias; e o lançamento de iniciativas que promovam as transações em mercado secundário são algumas das medidas sugeridas pelos investidores para valorizar e dinamizar o ecossistema.

“As medidas sugeridas pelos investidores neste barómetro confirmam as prioridades que a Investors Portugal tem defendido nos diversos fóruns e junto das entidades governamentais e demais stakeholders do setor”, sublinha ainda Lurdes Gramaxo.

Os investidores advogam por estabilidade nas políticas públicas para o setor; pelo estabelecimento de incentivos fiscais em linha com as melhores práticas europeias; e pela dinamização de transações secundárias.

A 3ª edição do “Barómetro do Investimento Early Stage” faz um levantamento dos sentimentos e perspetivas dos investidores do ecossistema português, realizado pela Investors Portugal – Associação Portuguesa dos Investidores em Early Stage.

O “Barómetro do Investimento Early Stage” relativo ao segundo semestre de 2024 é baseado num inquérito realizado junto de uma amostra que representa cerca de 30% do ecossistema do investimento early stage em Portugal, tendo como objetivo compreender melhor o ecossistema e as suas necessidades, bem como traçar tendências e definir estratégias.

A Investors Portugal agrega e representa a comunidade portuguesa de Business Angels, Venture Capital, Corporate VCs, aceleradoras, incubadoras, plataformas de crowdfunding e outros atores que investem em early-stage.

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