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Mais de 1.800 detenções em operação anti-burla na Ásia que incluiu Macau

A operação, que envolveu autoridades de Hong Kong, Macau, Coreia do Sul, Tailândia, Singapura, Malásia e Maldivas, intercetou com sucesso verbas com origem nos esquemas das redes no valor de 20 milhões de dólares (17,5 milhões de euros), disse o superintendente-chefe do departamento de crimes comerciais da polícia de Hong Kong, Wong Chun-yue.
3 Junho 2025, 18h48

Mais de 1.800 pessoas foram detidas numa operação, que incluiu Macau, contra redes dedicadas à fraude e burlas montadas na Ásia, informou hoje a polícia de Hong Kong.

A operação, que envolveu autoridades de Hong Kong, Macau, Coreia do Sul, Tailândia, Singapura, Malásia e Maldivas, intercetou com sucesso verbas com origem nos esquemas das redes no valor de 20 milhões de dólares (17,5 milhões de euros), disse o superintendente-chefe do departamento de crimes comerciais da polícia de Hong Kong, Wong Chun-yue.

A ação policial teve como alvo casos de compras ‘online’ e burlas telefónicas, assim como fraudes ao nível do investimento e emprego.

Os detidos têm entre 14 e 81 anos e quase 33 mil contas foram congeladas, adiantou Wong.

Em março, um diretor financeiro em Singapura foi enganado através de vídeos falsos, por alguém que se fez passar pelo diretor executivo de uma multinacional.

A vítima transferiu 499 mil dólares (437,7 milhões de euros) para Hong Kong, disse a diretora assistente do comando antifraude da polícia de Singapura, Aileen Yap, acrescentando que, através da cooperação transfronteiriça, o dinheiro foi recuperado.

Um relatório das Nações Unidas de abril constatou que os grupos transnacionais de crime organizado no leste e sudeste asiático estão a espalhar operações fraudulentas por todo o mundo.

De acordo com o relatório emitido pelo Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, durante vários anos os grupos proliferaram no sudeste do continente asiático, especialmente nas fronteiras do Camboja, Laos e Myanmar, assim como nas Filipinas, transferindo operações de um local para outro, de forma a escaparem da polícia.

Os centros dos esquemas montados em Myanmar, Camboja e Laos são conhecidos por atrairem pessoas para trabalhar, utilizando falsos argumentos.

As vítimas de burlas e fraudes ‘online’ incluem também os trabalhadores utilizados nas operações, que enfrentam ameaças, violência e más condições de trabalho. Os funcionários são frequentemente forçados a explorar financeiramente pessoas em todo o mundo, sendo que muitos se encontram presos numa escravidão virtual.

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