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Mais de 53% dos docentes têm mais de 50 anos, revela o relatório do CNE

O relatório evidência ainda a crescente falta de professores, “tendo em 2022, continuado a ser mais elevado o número dos que se aposentaram do que o dos que terminaram os cursos de formação inicial”.
27 Fevereiro 2024, 18h35

O Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgou hoje o relatório sobre o estado da educação em 2023, onde conclui que o envelhecimento da profissão de docente continua a aumentar, com 53% dos docentes a ter idade superior a 50 anos e sendo residual o número de docentes até aos 30 anos.

“Em 2023 o problema agravou-se com o aumento das aposentações em mais de 44% e, já em 2024, no primeiro trimestre, esse número ultrapassa mesmo o que era o máximo verificado no milénio, em 2013”.

A área metropolitana de Lisboa é onde se encontram mais escolas com falta de docentes, sendo as áreas de educação especial, português, informática, 1.º Ciclo, Inglês, Geografia e Matemática, as mais afetadas.

O relatório revela que as organizações internacionais do sector da educação consideram que os Estados devem disponibilizar verbas no valor de 6% do PIB. No entanto, em Portugal o financiamento da educação básica, secundária, superior, ciência e tecnologia teve um financiamento de 10 626,28 milhões de euros, o que corresponde a 4,38% do PIB português.

“Portugal está longe desse valor no que, genericamente, toca à Educação; e se desdobrarmos os dois domínios aqui considerados, foi de apenas 3% no que genericamente se considera “ensino não superior”, e só de 1,3% para ciência, tecnologia e ensino superior, menos de metade do recomendado para estas áreas”, sublinha o relatório.

No relatório são ainda indicados cinco domínios problemáticos, que deverão ser considerados nas políticas públicas. A FENPROF considera que são “desafios que o próximo governo terá de enfrentar, recusando o caminho mais simples que seria ignorá-los”.

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