As sanções aplicadas ao petróleo russo pela União Europeia têm tido um impacto bastante limitado sobre o preço. Atualmente, o crude está mais barato do que antes do início da guerra e não apresenta risco de escassez, avança o jornal “El Economista”.
O que as sanções aparentam ter feito foi uma mudança nas rotas que o petróleo faz, fazendo com que este passasse muito mais tempo no mar, o que gera algumas certezas sobre o impacto ambiental que a mudança nas rotas tem. O petróleo russo já “flutuou” no mar o dobro das vezes este ano, em comparação com os anos anteriores.
O petróleo bruto que já circulou no mar já ultrapassou os 90 milhões de barris, segundo dados da Agência Internacional da Energia. A nova “frota fantasma” da Rússia está a trabalhar para que o petróleo chegue aos seus novos destinos.
Isto já acontece desde dezembro de 2022, mas a reabertura da China, e da recuperação da procura global por petróleo, tiveram impacto para que a situação crescesse. As sanções aplicadas pelo Ocidente à Rússia incluem a proibição de que o petróleo de Moscovo desembarque em portos europeus, que eram os principais clientes. Agora o petróleo russo tem de percorrer milhas e milhas para chegar a novos destinos, o que gera riscos para o meio ambiente.
As longas trajetórias dos navios petroleiros causam uma maior libertação de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, e aumentam o risco de algum tipo de tragédia ambiental. Nos gráficos divulgados pela Agência Internacional de Energia é possível concluir que “o aumento das exportações e as interrupções nos fluxos comerciais devido ao desvio do petróleo russo para novos destinos, aumentaram significativamente. No final de janeiro de 2023 a quantidade de petróleo, mais derivados russos, em trânsito foi de 150 milhões de barris, um valor superior à media registada em 2019”.
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