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Mais de metade das empresas da “Fortune 500” considera IA “um fator de risco”

Estudo da Arize AI, plataforma de investigação que acompanha os resultados de grandes empresas, indica que 56% das inquiridas vê a Inteligência Artificial como um risco potencial para os seus negócios.
18 Agosto 2024, 11h17

Mais de metade das empresas que constam na lista da “Fortune 500” olham para a Inteligência Artificial (IA) como um risco potencial para os seus negócios. Os dados fazem parte do estudo da Arize AI, plataforma de investigação que acompanha os resultados financeiros de grandes empresas e que é divulgado pelo “Financial Times”.

No total 56% das empresas inquiridas apontam a IA como um “fator de risco”. Uma percentagem com um crescimento exponencial, dado que em 2022, apenas 9% olhavam desta forma para a Inteligência Artificial e o seu impacto nos negócios.

Por outro lado, 33 das 108 empresas olham especificamente para a IA generativa como uma oportunidade. Os eventuais benefícios incluem a eficiência de custos, os benefícios operacionais e a aceleração da inovação, enquanto mais de dois terços consideram a IA generativa como um risco.

Entre as empresas da “Fortune 500”, que se mostram mais preocupadas com os riscos da IA ​​estão os grupos de media e entretenimento, em particular nos Estados Unidos, com mais de 90% das maiores empresas desta a área a afirmarem que os sistemas de IA são um risco comercial este ano, bem como 86% dos grupos de software e tecnologia.

Por exemplo, a Netflix, alerta que a concorrência pode tirar vantagens através da implementação de IA, o que afetaria “a nossa capacidade de competir eficazmente e os nossos resultados operacionais poderiam ser afetados negativamente”, indica a plataforma de streaming no seu relatório.

Já o grupo de telecomunicações Motorola indica que “a IA nem sempre funciona como pretendido e os conjuntos de dados podem ser insuficientes ou conter informações ilegais, tendenciosos, prejudiciais ou ofensivos, o que pode ter um impacto negativo” nos seus ganhos e reputação.

A Salesforce avaliada em 250 mil milhões de dólares, afirmou que a sua adoção da IA ​​”apresenta questões éticas emergentes”, salientando que as margens de lucro da empresa de software podem ser afetadas pela “incerteza” das aplicações emergentes de IA.

Entre as poucas empresas que olham para a IA como um potencial benefício estão os grupos de saúde Quest Diagnostics e Cigna, que salientam que a IA generativa estava a melhorar partes do negócio, como o atendimento ao cliente e o processamento de amostras.

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