Mais de metade das empresas do setor jurídico e notarial apresenta um risco baixo de incumprimento, de acordo com o mais recente boletim da Iberinform, no qual destaca, também, a “grande importância das micro e pequenas empresas no volume total de faturação”.
Os cálculos da filial da Crédito y Caución revelam que somente 6% das empresas de atividades jurídicas possuem um risco elevado.
Passando a um retrato das empresas do setor, o mesmo boletim setorial, de publicação anual, refere que a esmagadora maioria (93%) são microempresas; 6% são pequenas empresas e os restantes 1% são de média dimensão.
Quanto ao volume de negócios, está em causa uma variação positiva de 27,8% em 2023, numa comparação homóloga. Considerando a dimensão das empresas do setor, a “maior fatia pertence às microempresas (36%)”. Seguem-se as empresas médias (35%) e as pequenas empresas (29%).
“Neste setor, é possível observar a grande importância das micro e pequenas empresas no volume total de faturação que, em conjunto, é superior a dois terços”, salienta a Iberinform.
Passando a uma análise sobre a longevidades das empresas do setor, cerca de 11% têm menos de um ano de atividade, 14% somam entre dois e cinco anos de atividade e 34% das empresas entre 16 e 25 anos. Por fim, 17% estão há mais de 25 anos no mercado jurídico, detalha o ‘Insight View’ da Iberinform.
“A diversidade temporal das empresas no setor jurídico e notarial é notável, combinando estabelecimentos recentes com outros mais consolidados. […] Esses números evidenciam uma presença sólida e duradoura, refletindo a estabilidade e a confiança que essas empresas oferecem ao mercado”, lê-se no mesmo comunicado.
A distribuição geográfica das empresas do setor é “bastante diversificada, com uma concentração significativa nos principais centros urbanos do país”. Em torno de 52% das empresas da área jurídica e notarial estão sediadas em Lisboa. Segue-se o Porto com 18%, Braga e Setúbal, ambos com 4% e, por fim, Faro com 3%. A percentagem restante (19%) concentra empresas de outras regiões do país. “Esta distribuição evidencia a predominância das grandes cidades como polos de atividade jurídica, enquanto destaca a presença significativa de empresas em outras áreas”, sublinha a Iberinform.
Por fim, quanto à gestão do fluxo de caixa, o mesmo boletim nota que, “apesar da subida expressiva do volume de negócios, o prazo médio de recebimentos subiu de 58 para 68 dias”. Em paralelo, o prazo médio de pagamentos subiu de 38 para 45 dias, “revelando maior dificuldade nas cobranças e, consequentemente, maior demora no pagamento a fornecedores de bens e serviços”, lê-se no comunicado.
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