A Cimpor está mais amiga do ambiente. A cimenteira portuguesa publicou esta terça-feira o novo relatório de sustentabilidade, no qual demonstra que mais de um terço (36,4%) da energia térmica utilizada nas suas fábricas provém de combustíveis alternativos e que 3,4 Gigawatts (GWh) da energia elétrica consumida é de origem renovável.
Quando se refere a combustíveis alternativos são os provenientes de resíduos ou subprodutos industriais ou urbanos (CDR – Combustíveis Derivados de Resíduos, chips de pneus usados, resíduos de veículos em fim de vida, resíduos industriais mistos…) e por resíduos de biomassa (estilha de madeira, bagaço de azeitona, farinha animal…), de acordo com a informação que consta no documento consultado pelo Jornal Económico.
O Relatório de Sustentabilidade 2023 mostra ainda que houve uma redução das emissões diretas específicas de dióxido de carbono (CO₂) para os 647 kg por tonelada de produto cimentício, sendo que o objetivo na estratégia de descarbonização da empresa é cortar as emissões em 37% até 2030 em relação aos níveis registados em 1990.
A Cimpor reforçou assim o compromisso com a descarbonização até 2050 e com as práticas empresariais responsáveis (corporate governance), nomeadamente com a resposta à exigências da nova diretiva europeia para a comunicação de informação sobre a sustentabilidade das empresas (CSRD) e os requisitos da taxonomia da União Europeia.
“Estamos a investir na modernização das nossas operações e na adoção de tecnologias inovadoras que irão acelerar a nossa transição para um futuro mais sustentável. Em 2023, alcançámos uma taxa de substituição térmica de 36,4% e estamos a trabalhar para aumentar este valor nos próximos anos, até cerca de 70%, em 2030”, afirma o CEO da Cimpor para Portugal e Cabo Verde, em comunicado divulgado esta manhã aos meios de comunicação social.
Na opinião de Cevat Mert, os resultados apresentados neste relatório de sustentabilidade “e o importante programa de investimentos em curso mostram que estamos no caminho certo para cumprir os nossos objetivos ambientais de curto, médio e longo prazo”.
No ano passado, a Cimpor produziu mais de 3,1 milhões de toneladas de cimento em Portugal continental e nos Açores em tem estado a investir 92 milhões de euros em projetos industriais e de Investigação & Desenvolvimento (I&D) para incorporar materiais cimentícios como substitutos do clínquer.
“Uma das nossas empreitadas mais importantes este ano tem sido o progresso dos nossos investimentos em projetos de descarbonização nas nossas fábricas de cimento. Estas iniciativas são cruciais para reduzir a nossa pegada de carbono e alinhar as nossas operações com os objetivos climáticos globais. Os nossos projetos de modernização, particularmente nas linhas de fornos, têm registado avanços substanciais e desempenharão um papel fundamental para nos ajudar a cumprir os compromissos de descarbonização”, referiu o presidente da Cimpor, Suat Çalbiyik, na mensagem publicada no relatório de ESG.
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