[weglot_switcher]

Mandado de captura para Isabel dos Santos? “Se a lei permitir, utilizamos todos os meios”, admite PGR de Angola

Sobre Isabel dos Santos, Hélder Pitta Gróis coloca a hipótese de emissão de um mandado de captura em aberto: “Se no caso dela e se a lei permitir, nós utilizamos todos os meios que a lei nos permite”.
  • Tiago Petinga/Lusa
20 Janeiro 2020, 19h17

O procurador-geral de Angola, Hélder Pitta Gróis, confirmou na edição online do jornal “Expresso” que existe uma investigação por branqueamento de capitais a correr contra Isabel dos Santos e, sobre a possibilidade de emitir um mandado de captura, Pitta Gróis refere que “se no caso dela e se a lei permitir, nós utilizamos todos os meios que a lei nos permite”.

Em entrevista ao “Expresso”, o procurador realça que Isabel dos Santos ainda não foi ouvida uma vez que saiu de Angola no mesmo dia em que foi notificada e sobre a hipótese de um mandado de captura, Pitta Gróis realça que “a lei dá-nos essa faculdade, caso haja um processo-crime em curso”, dando o exemplo de um outro cidadão angolano para o qual as autoridades angolanas tiveram que pedir a cooperação internacional.

Sobre Isabel dos Santos, Hélder Pitta Gróis coloca a hipótese de emissão de um mandado de captura em aberto: “Se no caso dela e se a lei permitir, nós utilizamos todos os meios que a lei nos permite”.

Uma investigação de um consórcio internacional de jornalistas de investigação (ICIJ), sugere que Isabel dos Santos beneficiou de imensas oportunidades facultadas por José Eduardo dos Santos, antigo presidente de Angola e pai de Isabel dos Santos, enquanto dirigiu o país.

Os Luanda Leaks têm 715 mil documentos, entre e-mails, contratos, auditorias, e contas que foram obtidas por uma plataforma de denunciantes em África (PPLAAF), que depois foi partilhada com a ICIJ.

De referir que Isabel dos Santos já tinha negado ter sido beneficiado pelo Estado de Angola, e diz que existe um ataque concertado da atual governação do país contra si, com motivações políticas.

Os documentos a que o ICIJ teve acesso refere uma rede opaca com 400 companhias, muitas delas offshores, ligadas a Isabel dos Santos, e ao marido, Dokolo e os seus associados, e também a assistência dada por parte de companhias europeias e americanas.

A documentação dá indícios de que a Sonangol vendeu a Dokolo uma participação na Galp, avaliada em 750 milhões de euros depois de um empréstimo de 11 milhões de euros.

 

 

 

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.