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‘Mão pesada’ chega à Suécia para conter infeção por Covid-19

O objetivo de Löfven, o primeiro-ministro sueco, é ter os poderes concentrados no governo, para que consigam conter a propagação do vírus, com efeitos imediatos, e impedir a fase de mitigação que está atualmente a acontecer em vários países.
6 Abril 2020, 17h44

Depois ter tomado medidas consideradas leves e com o aumento de mortes e casos de infeção, a Suécia optou por aplicar um sistema de mais restritivo. A anterior medida parecia estar a resultar mas com as vítimas mortais a superarem as 400 e o número de infetados a ascender aos 6.830, o primeiro-ministro deixou a confiança no civismo sueco de lado.

Com uma taxa de mortalidade com 40 óbitos por um milhão de visitantes, bastante superior à dos seus vizinhos nórdicos, o primeiro-ministro Stefan Löfven decidiu propor a criação de uma lei para passar a governar, ainda que por decreto, durante esta pandemia, de forma a aplicar as medidas sem aprovação do Parlamento sueco.

O objetivo de Löfven é ter os poderes concentrados no governo, para que consigam conter a propagação do vírus, com efeitos imediatos, e impedir a fase de mitigação que está atualmente a acontecer em vários países, sendo que esta é considerada a pior fase do Covid-19.

O primeiro-ministro da Suécia quer encerrar lojas, restaurantes, transportes e os aeroportos do país, uma vez que a crença no comportamento cívico por parte dos cidadãos suecos parece não ser suficiente, embora se tenha assistido a uma redução de 70% na cidade. Até à data, a Suécia não tinha bloqueado as fronteiras nem imposto restrições aos movimentos de cidadãos, tanto que as escolas permaneciam abertas e os transportes públicos estavam lotados.

No entanto, a oposição ao governo negou o decreto para que este governe, sendo que agora Löfven vai procurar a aprovação direta do Parlamento, para que consiga implementar as medidas que considera necessárias para conter o vírus. Entre as medidas que o primeiro-ministro espera implementar, encontram-se a limitação de encontros públicos, encerramento de comércio e a requisição de equipamentos médicos ao setor privado.

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