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Mapfre Economics prevê um crescimento da economia global de 2,3% em 2024 e de 2,6% em 2025

A Mapfre Economics prevê um crescimento da economia global de 2,3% em 2024 e de 2,6% em 2025. A zona euro terá um aumento do PIB de 0,6% em 2024 e de 1,6% no ano seguinte. A Mapfre Economics prevê uma diminuição da subscrição de seguros Não Vida devido à desaceleração cíclica.
5 Fevereiro 2024, 18h48

O mais recente relatório da Mapfre Economics, que é o serviço de estudos da seguradora, revela que em 2024 o crescimento económico mundial continuará a diminuir, fruto da inflação elevada e do endurecimento das políticas monetárias.

A Mapfre Economics prevê um crescimento da economia global de 2,3% em 2024 e de 2,6% em 2025, sendo que a zona euro terá um aumento do PIB de 0,6% em 2024 e de 1,6% no ano seguinte.

“O crescimento económico continuará fraco em 2024 e fechará o ano abaixo do potencial e da média das últimas décadas” e as “crises geopolíticas e outros riscos-chave vão continuar este ano”, são algumas das conclusões.

O relatório ‘Panorama económico e setorial de 2024’ avança “um aumento global do PIB de 2,3% para este ano e uma recuperação moderada até 2,6% em 2025. Apesar da melhoria, continuará abaixo do potencial e da média das últimas décadas”, lê-se no comunicado.

A inflação manterá a tendência de descida, devendo terminar o ano em 4,4% e, em 2025, em 3,3%, defende o gabinete de estudos da Mapfre.

“O travão na subida dos preços e o enfraquecimento do crescimento traz um cenário mais estagflacionário daquele que marcou as edições anteriores deste relatório, e um balanço de riscos mais equilibrado e controlado pelos bancos centrais”, acrescenta.

“Em 2024, prevê-se que as dificuldades geopolíticas e outros riscos-chave do passado se mantenham. A complexidade das cadeias de distribuição e a sua ligação, que não se manifestaram em 2023, podem ressurgir e testar a resiliência do comércio mundial após as reordenações económicas globais, com o recente conflito no Médio Oriente e os acontecimentos no Mar Vermelho”, alerta a Mapfre.

O estudo diz que a zona euro continuará em situação de estagnação, prevendo-se que a atividade económica continue deficiente e sem motores claros de crescimento, embora possa começar uma recuperação gradual na reta final do ano ou início de 2025.

A Mapfre Economics antecipa um aumento do PIB de 0,6% em 2024 e de 1,6% no ano seguinte.

“A contribuição para o crescimento global dos Estados Unidos da América diminuirá este ano, embora as economias desenvolvidas continuem a ter maior protagonismo que as emergentes. Assim, espera-se que cresça 1,1% este ano e 1,5% em 2025, sem descartar maiores avanços da inflação devido à desaceleração da procura e menor dependência dos problemas da oferta”, refere a companhia.

Já a Ásia apresenta uma dinâmica de inflação menos confortável, embora continue compatível com taxas de crescimento “aceitáveis”.

“Mantém-se como principal amortecedor do crescimento global, com uma previsão de 4,5% para este ano e de 4,1% para o próximo”, avança.

“Quanto à América Latina, será afetada pela menor procura externa, e isso irá refletir-se no crescimento deste ano, que será previsivelmente de 1,4% e 2,2% para o próximo”, acrescenta.

Aperto financeiro com impacto no sector segurador

O sector de seguros continuará a sentir o impacto do aperto financeiro, e a Mapfre Economics prevê uma diminuição da subscrição de seguros Não Vida devido à desaceleração cíclica, mas antecipa um aumento médio de 5% entre 2024 e 2025 globalmente, contra 7,1% esperado em 2023.

Entretanto, o desempenho do negócio de poupanças do ramo Vida dependerá da atividade económica e do ambiente das taxas de juro, e espera-se que beneficie de taxas suficientemente elevadas para gerar novos negócios, apesar dos declínios previstos.

“Espera-se que o negócio de Vida como um todo cresça em torno de 7%”, avança a Mapfre.

No geral, o Serviço de Estudos prevê uma melhoria da rentabilidade do sector segurador, que se deteriorou nos últimos anos devido ao aumento da inflação, às revisões em alta dos prémios de seguro e à moderação do crescimento dos custos das seguradoras.

“Os rendimentos financeiros das carteiras de investimento das seguradoras contribuirão para esta melhoria da rentabilidade”, defende a Mapfre.

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