Lo marqué un poco con la cabeza y un poco con la mano de Dios”. No Inglaterra-Argentina do México 86 não se jogava apenas os quartos de final de um Mundial de futebol. Quatro anos antes terminara o conflito bélico conhecido como Guerra das Malvinas, que custou a vida a 649 soldados argentinos e 255 soldados britânicos e que fez com que os países só reatassem relações diplomáticas em 1990, sem qualquer um deles renunciar à soberania sobre essas ilhas. Foi de relações cortadas que se defrontaram no Estádio Azteca, na Cidade do México, a 22 de junho de 1986, e nesse dia Diego Armando Maradona, falecido nesta quarta-feira, aos 60 anos, fez a revolução com a bola colada ao pé esquerdo e a ajuda da mão de Deus.
Decorria o minuto 55 quando o génio argentino se soltou para a eternidade: percorreu 60 metros, deixou cinco ingleses para trás e marcou aquele que foi considerado em 2002 como o golo do século numa votação da FIFA. Quatro minutos antes, deixou o mundo espantado com um golo marcado com a mão que o árbitro não viu. Esse Mundial, em 1986, foi descrito como um autêntico one-man show, com o 10 a carregar uma seleção às costas rumo ao título mundial.
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