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Maradona: Fazer a revolução com a “mão de Deus” e a bola colada aos pés

Vingou a Guerra das Malvinas em pleno México 86, acabou com o estigma de que um clube do sul não podia ganhar títulos de campeão em Itália e dividiu esse país ao meio quando pôs Nápoles a celebrar uma vitória argentina no Itália 90. Para o 10, o futebol era uma arma.
28 Novembro 2020, 17h00

Lo marqué un poco con la cabeza y un poco con la mano de Dios”. No Inglaterra-Argentina do México 86 não se jogava apenas os quartos de final de um Mundial de futebol. Quatro anos antes terminara o conflito bélico conhecido como Guerra das Malvinas, que custou a vida a 649 soldados argentinos e 255 soldados britânicos e que fez com que os países só reatassem relações diplomáticas em 1990, sem qualquer um deles renunciar à soberania sobre essas ilhas. Foi de relações cortadas que se defrontaram no Estádio Azteca, na Cidade do México, a 22 de junho de 1986, e nesse dia Diego Armando Maradona, falecido nesta quarta-feira, aos 60 anos, fez a revolução com a bola colada ao pé esquerdo e a ajuda da mão de Deus.

Decorria o minuto 55 quando o génio argentino se soltou para a eternidade: percorreu 60 metros, deixou cinco ingleses para trás e marcou aquele que foi considerado em 2002 como o golo do século numa votação da FIFA. Quatro minutos antes, deixou o mundo espantado com um golo marcado com a mão que o árbitro não viu. Esse Mundial, em 1986, foi descrito como um autêntico one-man show, com o 10 a carregar uma seleção às costas rumo ao título mundial.

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