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Marcelo admite novas eleições legislativas para 11 ou 18 de maio

O Presidente da República pronunciou-se esta tarde sobre a marcação de eleições e acredita que os dois partidos que suportam o Governo estão convictos na manutenção de Luís Montenegro como primeiro-ministro, o que limita as soluções de Marcelo.
Paulo Novais/lusa
5 Março 2025, 19h41

Marcelo Rebelo de Sousa perspectiva que as próximas eleições legislativas poderão ser agendadas para 11 ou 18 de maio, de acordo com declarações aos jornalistas proferidas em Viseu, e após o debate da moção de censura.

“Se for rejeitada a moção de confiança, vou convocar imediatamente os partidos políticos para o dia seguinte e o Conselho de Estado dois dias depois, até para poder estabelecer um calendário para o mais rápido possível, talvez para maio. Há dados económicos e financeiros que neste momento analisam de forma lisonjeira a economia portuguesa”, referiu.

Marcelo quer “saber junto dos dois partidos de apoio ao Governo que querem apresentar a mesma liderança a uma eventual eleição que se venha a realizar”. Assim, PSD e CDS-PP deverão insistir em apresentar Luís Montenegro a novas eleições, o que o impede de pedir um novo nome para chefiar este Governo.

“Este foi um processo muito curto que começa na base de dúvidas que começam na comunicação social e em matérias relacionadas com o primeiro-ministro. Nessa fase, tive ocasião de dizer que fazia parte da lógica da democracia e que esse escrutínio tem também uma dimensão nos protagonistas políticos”, começou por recordar Marcelo.

O Presidente da República referiu que “após as primeiras respostas do primeiro-ministro, foi anunciada a primeira moção de censura do partido Chega, que acabaria por ser chumbada. Após esse chumbo, disse que o escrutínio fazia parte da democracia e que haveria meios parlamentares. O primeiro-ministro pensa que esclareceu devidamente mas na oposição houve quem pensasse de outra forma”.

“Dias depois, em função de novas questões levantadas, o primeiro-ministro anunciou que no dia seguinte falaria ao país, tal como aconteceu. Falou sobre as questões suscitadas e convidou os partidos da oposição a manifestar a sua censura ao Governo. No fim da intervenção, introduziu um elemento novo, que passava pela apresentação da moção de confiança. De seguida, o PCP apresentou a moção de censura, baseada na atuação política do Governo”, disse Marcelo.

“Vi o debate todo. Se admitirmos que entra na sexta-feira à tarde na Assembleia da República, pode ser agendada para quarta-feira. Vou cancelar a viagem de Estado que iria fazer à Estónia e para a qual partiria na terça-feira. Ninguém perceberia que o Presidente estivesse fora com esta situação”, referiu aos jornalistas.

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