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Marcelo ainda vai ouvir informalmente partidos sem representação no Parlamento e deputadas não inscritas

Apesar de só se dirigir aos portugueses na quinta-feira, o Presidente da República garante que amanhã decide se dissolve ou não o Parlamento. Até lá também pretende ouvir “a opinião do Conselho de Estado”.
Marcelo Rebelo de Sousa
2 Novembro 2021, 16h26

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que ainda vai ouvir informalmente partidos sem representação parlamentar, bem como deputadas não inscritas antes de decidir se dissolve Parlamento.

Em declarações aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa destacou que “há um Conselho de Estado a partir das cinco da tarde só sobre a questão da dissolução”, frisando que “essa questão fica fechada amanhã” [quarta-feira]. De recordar que se o Chefe de Estado decidir dissolver Parlamento essa decisão irá traduzir-se em eleições antecipadas.

“No dia seguinte, vou ponderar a data das eleições. Estamos ainda na fase da primeira escolha, da primeira decisão. Depois, haverá 24 horas até falar ao país no começo da noite de quinta-feira e aí vou juntar as duas questões: a questão dissolução sim ou não, se sim qual a data das eleições”, descreveu o Presidente da República.

Marcelo considerou ser “prematuro” falar sobre datas para as eleições antecipadas. “Vou ouvir a opinião do Conselho de Estado e só depois é que tomo a decisão formal nessa matéria e se for caso de ser dissolução escolho uma data para eleições”, sublinhou o Presidente da República, considerando “fundamental ouvir o Conselho de Estado, ouvir as razões dos conselheiros”.

Relativamente ao chumbo do Orçamento e às diligências que Marcelo diz ter feito antes da reprovação, o Chefe de Estado explicou que antecipou “que poderia haver problemas na votação” e por isso é que interveio.

O Orçamento do Estado foi chumbado na quarta-feira, 27 de novembro, e desde então tem estado nas mãos de Marcelo a possibilidade de dissolver o Parlamento e mandar a eleições os partidos. O Presidente da República já falou com os deputados com representação na Assembleia da República, no fim de semana, quando já se tinha reunido com associações como a União Geral de Trabalhadores (UGT) e Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP).

Da parte da UGT, secretário-geral da União Geral de Trabalhadores, Carlos Silva, confessou que pela conversa que tinha tido com Presidente da República o mais provável seria que existissem eleições antecipadas, mas não revelou data.

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