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Marcelo compromete-se a ser “o mesmo de há cinco anos” com qualquer Governo ou maioria

Na cerimónia de tomada de posse, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “os portugueses” são a razão de ter assumido um novo mandato e comprometeu-se a mostrar independência, “convergência no essencial” e rejeitar “messianismos presidenciais”.
No Mosteiro dos Jerónimos, assistiu a uma cerimónia de homenagem aos mortos, com o toque de silêncio, toque de homenagem aos mortos em defesa da pátria e o toque de alvorada.
9 Março 2021, 11h55

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tomou posse esta terça-feira para um segundo mandato, garantindo ser “o mesmo de há cinco anos” com qualquer Governo ou maioria. O Chefe de Estado referiu que “os portugueses” são a razão de ter assumido um novo mandato e comprometeu-se a mostrar independência, “convergência no essencial” e rejeitar “messianismos presidenciais”.

“Sou o mesmo de há cinco anos, sou o mesmo de ontem, nos mesmos exatos termos e reeleito para ser Presidente de todos vós, com independência, espírito de compromisso e estabilidade, proximidade, afeto, preferência pelos excluídos, honestidade, convergência no essencial, alternativa entre duas áreas fortes, sustentáveis e credíveis”, referiu, na cerimónia de tomada de posse, na Assembleia da República.

O Presidente da República rejeitou ainda “messianismos presidenciais”, no exercício das funções de que foi agora incumbido, “ou na antecipada nostalgia do termo desse exercício”. Disse ainda que irá respeitar a diferença e o pluralismo e trabalhar para a construção da justiça social, e “o orgulho de ser Portugal, de ser português”.

“Foi assim, assim será, com qualquer maioria parlamentar, com qualquer Governo, antes e depois das eleições autárquicas, antes e depois das eleições parlamentares, antes e depois das eleições europeias, antes e depois dos 50 anos do 25 de Abril em 2024”, frisou, desejando que os próximos cinco anos possam ser “mais razão de esperança do que de desilusão”.

Na intervenção após ter jurado “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”, Marcelo Rebelo de Sousa fez um balanço dos primeiros cinco anos de mandato, garantindo que os portugueses e, sobretudo “os que mais necessitam”, são a razão do compromisso que assumiu.

“São pois os portugueses todos eles, a única razão de ser do compromisso solene que acabei de assumir, a começar nos que mais necessitam: os sem abrigo, os com teto mas sem habitação condiga, os da minha idade ou mais que vivem em lares ou em sua casa em solidão ou velados por cuidadores formais ou informais”, disse.

“Uma pátria são, acima de tudo, as pessoas e nela cada pessoa conta, diversa, diferente, irrepetível”, acrescentou.

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