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Marcelo defende que não deve “misturar candidaturas” com cargo de Presidente

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu esta sexta-feira que não deve neste momento “estar a misturar candidaturas presidenciais” com o exercício do cargo de Presidente da República, para “ficar claro” que é nessa qualidade que toma decisões.
  • Rui Ochoa / Presidência da República / Lusa
27 Novembro 2020, 20h39

Em resposta a questões dos jornalistas, no final de uma iniciativa nas instalações do jornal Público, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a avançar com uma data para o anúncio ao país da sua decisão quanto a uma recandidatura: “Em princípio, quando eu decidir sobre a matéria de me candidatar ou não, é nesse momento que conhecerão”.

“Neste momento, continuo a considerar que é mais importante ser Presidente da República, só, a ser Presidente da República e candidato presidencial. É bom que fique claro que há decisões que têm de ser tomadas como Presidente da República, em pleno estado de emergência, em plena pandemia, em que é bom não estar a misturar com candidaturas presidenciais”, explicou.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou ainda que tal “não impede os candidatos de dizerem do Presidente da República tudo o que quiserem, porque a democracia é isso, é a liberdade”, e que fará saber a sua decisão sobre uma candidatura a um segundo mandato “a seu tempo, quando for entendido adequado”.

“Porque eu, de facto, fui eleito para ser Presidente da República até 09 de março, não fui eleito para preparar uma recandidatura. E, portanto, é mais importante o mandato como Presidente da República do que a decisão sobre se sou ou não candidato a um novo mandato presidencial. Foi para o primeiro caderno de encargos que eu fui eleito e que os portugueses me pagam. Pagam-me para eu ser Presidente da República, não me pagam para eu ser candidato a uma reeleição”, defendeu.

Na passada terça-feira, o Presidente da República marcou o ato eleitoral presidencial para o dia 24 de janeiro de 2021.

Nos termos da Constituição e da lei, as candidaturas têm de ser apresentadas formalmente junto do Tribunal Constitucional até 24 de dezembro, quando faltarão 30 dias para as eleições, com o suporte de um mínimo de 7.500 cidadãos eleitores e um máximo de 15.000, sendo que a campanha eleitoral decorrerá entre 10 e 22 de janeiro.

Eleito nas presidenciais de 24 de janeiro de 2016 logo à primeira volta, com 52% dos votos expressos, Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse a 9 de março de 2006, mantendo ao longo de todo o seu mandato a recandidatura em aberto.

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