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Marcelo espera que Biden contribua com ações para o multilateralismo

Em declarações aos jornalistas, em Nova Iorque, o Presidente da República defendeu que é preciso evitar “o regressar ao unilateralismo, o salve-se quem puder”, com o qual “perdem todos”.
22 Setembro 2021, 20h12

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje esperar que o Presidente norte-americano, Joe Biden, contribua com ações para o multilateralismo, que deve ser procurado “além dos episódios de cada instante”.

Em declarações aos jornalistas, em Nova Iorque, o Presidente da República defendeu que é preciso evitar “o regressar ao unilateralismo, o salve-se quem puder”, com o qual “perdem todos”.

Questionado sobre a atuação da atual administração norte-americana, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que é possível encontrar “mensagens de abertura ao multilateralismo” no discurso que Joe Biden fez na terça-feira nas Nações Unidas.

“Essas mensagens esperamos nós que estejam presentes na atuação da administração nos próximos anos, porque o papel norte-americano é fundamental para que o multilateralismo vá em frente”, acrescentou.

Depois, Marcelo Rebelo de Sousa alargou este apelo a todas as potências regionais e mundiais, declarando: “É preciso que todas mantenham essa disponibilidade, para além dos episódios de cada instante”.

Sobre o pacto trilateral de defesa entre norte-americanos, britânicos e australianos para a região do Indo-Pacífico (denominado AUKUS, com as iniciais dos três países anglo-saxónicos), que levou ao cancelamento por parte da Austrália de um contrato com a França para o fornecimento de submarinos, o Presidente da República disse que Portugal acompanha a posição da União Europeia, mas procura manter o diálogo entre aliados.

“Há este equilíbrio, esta dupla preocupação: acompanhar em solidariedade os membros da União Europeia, neste caso, um membro da União Europeia [a França], ao mesmo tempo numa postura e numa atitude de encontrar pistas de diálogo e de resolução que envolvam outros países que são muito próximos e aliados dos países da União Europeia”.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que sobre este assunto houve uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros Europeus, “que definiram a solidariedade que existe, naturalmente, dentro da União Europeia, dentro de um clima que é de procura de pistas de entendimento alargado e de diálogo alargado”.

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