Marcelo Rebelo de Sousa pediu autorização à Assembleia da República para se deslocar ao Vaticano. O Presidente da República pretende assistir à tomada de posse do arcebispo Dom José Tolentino Mendonça como cardeal.
No seu pedido ao Parlamento, o Presidente pede para se ausentar durante os dias 4, 5 e 6 de outubro. A concretizar-se, esta ausência irá incidir durante o feriado da Implantação da República a 5 de outubro, e a realização das eleições legislativas a 6 de outubro.
“Dada a possibilidade da minha eventual deslocação a Roma entre os dias 4 e 6 de outubro próximo, para estar presente na cerimónia do cardianalato de Dom José Tolentino de Mendonça, venho requerer (…) o necessário assentimento da Assembleia da República”, pode-se ler no pedido realizado ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.
Questionado pelo Jornal Económico, fonte oficial da Presidência da República destacou que ainda não é certo que Marcelo Rebelo de Sousa se venha a deslocar ao Vaticano naquelas datas. A acontecer, Marcelo Rebelo de Sousa irá sempre exercer o seu direito de voto em Celorico de Basto, distrito de Braga, garantiu fonte de Belém.
D. José Tolentino Mendonça será feito cardeal no dia 5 de outubro, dia para o qual está marcado o consistório para a criação de novos cardeais. O evento vai ter lugar no Vaticano, onde serão ordenados um total de 13 cardeais.
O arcebispo português, de 53 anos, atualmente bibliotecário e arquivista da Santa Sé, vai tornar-se no segundo membro mais jovem do colégio cardinalício. Apenas o cardeal da República Centro-Africana, Dieudonné Nzapalainga (52 anos), é mais novo.
Quando foi conhecido que o arcebispo português seria ordenado cardeal, o Presidente da República manifestou o seu “profundo jubilo pela elevação do senhor Dom José Tolentino de Mendonça ao cardinalato, traduzindo o reconhecimento de uma personalidade ímpar, assim como da presença da Igreja Católica na nossa sociedade, o que muito prestigia Portugal”, disse, citado pela Agência Lisa.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a “excecional relevância” de Tolentino de Mendonça como “filósofo, pensador, escritor, professor e humanista”.
Recorde-se que o arcebispo originário da Madeira foi convidado pelo Presidente da República para presidir às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em 2020.
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