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Mariana Mortágua diz que aumento da taxa de esforço agrava “corda ao pescoço” das famílias

“Não se resolve o problema da habitação só aumentando a taxa de esforço porque isso quer dizer que o Banco de Portugal deixa que as pessoas fiquem ainda mais com a “corda ao pescoço””, destacou Mariana Mortágua em reação às declarações da vice-governadora do BdP.
Cristina Bernardo
2 Julho 2023, 16h21

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, considerou este domingo que uma revisão do cálculo da taxa de esforço não só não vai resolver o problema da habitação, como pode fazer com que as pessoas fiquem ainda mais com a “corda ao pescoço”.

Em declarações proferidas em Torres Novas, a líder do BE referia-se às declarações de Clara Raposo, vice-presidente do Banco de Portugal (BdP) que, em entrevista à “Antena 1” e “Jornal de Negócios”, este sábado, anunciou que o banco central vai rever o cálculo da taxa de esforço, permitindo assim que as famílias possam aceder ao crédito à habitação.

Nesta entrevista, Clara Raposo revelou que essa decisão vai ser tomada ainda este ano para os novos créditos. “Acho que faz sentido revermos a recomendação macropudencial”, referiu. Até porque, afirmou, “agora temos aqui este período do verão e uma melhor capacidade da previsibilidade da evolução futura das taxas de juro” para o fazer.

“Não se resolve o problema da habitação só aumentando a taxa de esforço porque isso quer dizer que o Banco de Portugal deixa que as pessoas fiquem ainda mais com a “corda ao pescoço””, destacou Mariana Mortágua em reação às declarações da vice-governadora do BdP.

Para a líder do BE, “resolve-se o problema da habitação quando os bancos forem obrigados a renegociar os créditos à habitação baixando as taxas de juro que estão a ser cobradas”.

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