Marina Magro: A CEO que está a construir a nova era do streaming a partir de Portugal

Aos 30 anos, assumiu a liderança da Sky Portugal e tornou-se um dos símbolos de uma nova geração de gestores portugueses que encara a tecnologia como motor de transformação e Portugal como palco capaz de competir com os maiores centros de inovação do mundo.

Jovem, determinada e com uma visão marcada pela ousadia, lidera atualmente uma operação com 500 pessoas distribuídas entre Lisboa, Aveiro e Funchal e chega a mais de 70 países, prova de que a tecnologia feita em Portugal pode ir longe.

A trajetória é curta em tempo, mas intensa em resultados. A Sky Portugal cresceu de uma pequena estrutura para um centro estratégico do grupo. A executiva destaca que é preciso apostar na diferença e na criatividade: “Diferenciar-se não é apenas acompanhar o ritmo da indústria, mas ter a ambição de definir novos padrões. É isso mesmo que procuramos fazer a partir de Portugal para o mundo: transformar o streaming numa experiência cada vez mais imersiva, personalizada e relevante para diversas gerações.”

Da chegada a Portugal à afirmação global
A Sky Portugal nasceu em 2012, numa altura em que a empresa-mãe procurava reforçar a sua aposta na tecnologia. A escolha de Portugal não foi por acaso: o país oferecia talento qualificado, proximidade cultural e linguística a vários mercados e um ecossistema tecnológico em crescimento.

Desde então, a operação portuguesa deixou de ser apenas um apoio e passou a ser um motor de inovação. Entre os marcos mais relevantes estão o lançamento do Peacock nos Estados Unidos e a expansão do SkyShowtime para 22 países europeus, ambos com contributo direto das equipas portuguesas. A ascensão rápida provou que Portugal pode ser uma base de excelência onde se criam produtos de referência à escala internacional.

Em 2024, o nome de Portugal voltou a projetar-se com a cobertura digital dos Jogos Olímpicos de Paris. “Este é talvez o momento recente mais simbólico, onde lançámos funcionalidades pioneiras como o Multiview, o Gold Zone e resumos diários com Inteligência Artificial (IA) — uma experiência que redefiniu a forma como milhões viveram o espírito olímpico ao longo de mais de 3000 provas e 5000 horas de transmissão”, refere Marina Magro.

Uma aposta que colocou Portugal no mapa como centro tecnológico capaz de entregar soluções disruptivas em tempo recorde e demonstrou que o país tem capacidade para assumir eventos de grande escala. A fasquia subiu e o próximo passo já está definido: a estreia da NBA no Peacock, na temporada 2025-26. A Sky Portugal quer que a experiência de ver basquetebol seja tão imersiva como estar no pavilhão, colocando-se na linha da frente da reinvenção do entretenimento digital. “A aposta em personalização com base em IA e experiências gamificadas aproxima os fãs dos conteúdos que mais gostam e mostra a nossa vontade de ir além do esperado. Novas funcionalidades para a transmissão da NBA como o Peacock ScoreCard — que mistura bingo com fantasy sports — ou o Performance View – que acrescenta uma camada de estatísticas em tempo real sobre o jogo, permitindo aos fãs que gostam de dados mergulhar mais fundo na ação – provam como queremos reinventar a forma de ver o conteúdo no digital”, sublinha.

“A Sky chegou a Portugal em 2012 com a ambição de revolucionar o mundo da televisão. De uma pequena operação, crescemos para 500 pessoas em Lisboa, Aveiro e Funchal, que hoje desenvolvem, impactam e dão suporte soluções usadas em mais de 70 países.” CEO da Sky Portugal, Marina Magro

A cultura que alimenta a inovação
Mas qual o segredo para o sucesso? Não existe uma fórmula mágica, mas a cultura que alimenta a inovação é um dos fatores decisivos. “Fala-se muitas vezes do produto final, mas a verdadeira vantagem competitiva nasce da cultura que o torna possível. Procuro fomentar, de forma contínua, uma cultura onde a excelência técnica anda de mãos dadas com um ambiente humano e colaborativo”, afirma. Na Sky Portugal incentiva-se a autonomia, o espírito crítico e a experimentação com equipas sem medo de testar ideias, de desafiar o status quo e de aprender com os erros.

Num setor em que a procura por talento tecnológico é global e feroz, a aposta tem sido apresentar algo mais além de um contrato de trabalho, algo mais inspirador e que é cada vez mais valorizado no mercado laboral. “Nesse contexto, acreditamos que a chave está em oferecer algo maior do que um emprego: um propósito. Na Sky Portugal, damos às nossas pessoas a oportunidade de integrar projetos com impacto mundial. Saber que, a partir de Portugal, estamos a desenvolver tecnologia que impacta a forma como milhões de pessoas em vários continentes vivem o entretenimento digital é, para nós, um motivo de orgulho e um fator diferenciador na atração e retenção de talento”, afirma a CEO.

A empresa complementa esta cultura de valorização com programas de desenvolvimento de liderança, percursos de aprendizagem contínua e iniciativas com impacto social, como o programa de estágios de verão, que já vai na oitava edição. Para Marina Magro, este compromisso tem ainda uma outra dimensão: a de construir uma comunidade de profissionais que se sentem parte de algo maior. “No fundo, acreditamos que é o equilíbrio entre exigência e reconhecimento que nos permite reter talento altamente qualificado e criar as condições para que cada pessoa cresça connosco e escreva aqui uma parte relevante da sua história profissional.”

“A cobertura digital dos Jogos Olímpicos de Paris abriu caminho para o desafio que agora nos entusiasma: a estreia da NBA no Peacock, na temporada 2025-26, com experiências interativas e imersivas que vão transformar a forma como os fãs vivem o basquetebol e é inspirador ver o talento português no centro deste novo capítulo.” CEO da Sky Portugal, Marina Magro.

Inteligência artificial e ambição global
Se o talento humano é a base, a inteligência artificial surge como a alavanca para o futuro. “A IA já não é uma promessa — é uma força transformadora que vai muito além da personalização do consumo. Acreditamos que a IA vai mudar a forma como criamos, produzimos, distribuímos e até monetizamos conteúdos, acelerando uma verdadeira reinvenção da indústria”, segundo as palavras de Marina Magro.

No lado da experiência do utilizador, a personalização e a interatividade estão a atingir novos patamares. Os resumos dos Jogos Olímpicos de 2024, adaptados a cada utilizador e narrados com a voz recriada pela inteligência artificial de Al Michaels, são apenas um exemplo de como a tecnologia pode criar ligações emocionais inovadoras.

Mas os efeitos vão muito além da relação com o público. Ferramentas de IA já estão a mudar o dia a dia da Sky Portugal: desde a revisão de código à automação de testes, passando pela forma como as equipas colaboram, esta nova forma de trabalhar está a reconfigurar processos e a torná-los mais ágeis, eficientes e criativos. A IA não vem substituir talento humano, vem amplificá-lo. A criatividade continuará a nascer das pessoas, mas a tecnologia vai potenciá-las.

Com esta visão, a gestora acredita que Portugal tem todas as condições para se afirmar: “A nossa visão é clara: consolidar o país como hub estratégico de tecnologia e media, capaz de atrair investimento internacional, criar emprego qualificado e reforçar a competitividade europeia neste setor.”

Às novas gerações Marina Magro deixa palavras de incentivo: não tenham medo do desconhecido, sejam curiosos e apostem na ambição com propósito. “O meu primeiro conselho é simples: arrisquem. O sucesso pertence a quem tem coragem de experimentar, de falhar depressa e de aprender ainda mais rápido. Foi assim que cresci: a fazer perguntas, a desafiar certezas e a rejeitar o ‘sempre foi assim’.”

Com convicção, volta ao mote que lhe serve de guia: “O futuro escreve-se com ousadia. Sonhar em grande não é apenas uma inspiração, é um convite. Um convite para assumir o protagonismo da própria história e acreditar que, de Portugal, é possível conquistar o mundo.”

“Portugal tem hoje os ingredientes certos para se afirmar como A CEO que está líder tecnológico: talento altamente qualificado, proximidade a ecossistemas de inovação e uma cultura de colaboração única. A Sky Portugal comprova a nova era do esse potencial, mostrando que a inovação made in Portugal pode ser escalada streaming a partir globalmente e transformar a forma como milhões de pessoas consomem entretenimento.” CEO da Sky Portugal, Marina Magro.

Este conteúdo foi produzido em parceria com a Sky Portugal.