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Mário Centeno admite que trabalho Eurogrupo “está feito” e pisca olho ao Banco de Portugal

O Ministro das Finanças admite não ver qualquer incompatibilidade se passar para Governador do Banco de Portugal. No entanto, nega a possibilidade de o próprio suceder a Carlos Costa.
  • Cristina Bernardo
21 Dezembro 2019, 09h24

Mário Centeno descarta, para já, uma recandidatura à presidência do Eurogrupo justificando que o trabalho na entidade “está feito”. Em entrevista ao jornal Expresso, publicada este sábado, o Ministro das Finanças defende “a limitação de mandatos”.

O ainda presidente do Eurogrupo, admite não ver qualquer incompatibilidade se de Ministro das Finaças passar para Governador do Banco de Portugal. No entanto, nega a possibilidade de o próprio suceder a Carlos Costa.

“Isso está escrito em algum sítio do Tratado?”, perguntou o ministro das Finanças aos jornalistas, antes de sublinhar que não vê “nenhum conflito de interesses”.

“Dou dois exemplos: um dos vice-presidentes do Banco Central Europeu foi ministro das Finanças de Espanha. E o meu colega eslovaco também transitou das Finanças para o banco central. Estou só a dar exemplos”, acrescentou Centeno, que rejeitou ainda estar “num cadeirão de psicanálise”. No entanto, ao ser convidado a comentar as críticas que fez ao BdP e a sua proposta de reforma da supervisão, o ministro das Finanças preferiu comentar dizendo que “todas as instituições em Portugal têm de acompanhar o desenvolvimento do país” e que estas “nem sempre têm estado à altura”.

Ainda na entrevista, Centeno respondeu às criticas dos partidos ao Orçamento do Estado e diz que o documento inclui verbas para medidas que já foram aprovadas no tempo da geringonça pelo PCP e o Bloco de Esquerda e acusa Rui Rio de nada perceber sobre economia e finanças públicas. A resposta surge depois do líder dos sociais democratas ter dito que há uma fraude democrática no Orçamento de Estado.

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