O empresário Mário Ferreira comprou mais 5,16% da Media Capital na sequência da polémica Oferta Pública de Aquisição (OPA) obrigatória que terminou nesta quarta-feira, tendo pago mais 3,2 milhões de euros no reforço da sua posição.
O objeto da oferta visava mais de 58.9 milhões de ações representativas de 69,78% dos direitos de voto da Media Capital, dos quais 54.487.759 ações (64,47%) eram objeto de ordens de bloqueio e 4.485.538 ações (5,31%) poderiam ser objeto de aceitação na OPA obrigatória.
O resultado da oferta, hoje divulgado em comunicado enviado à CMVM, redundou em que a Pluris Investments, empresa de Mário Ferreira que já detinha 30,22% da Media Capital, adquiriu 5,16% (4.361.794 ações), passando assim a deter 35,38% (29.901.677 ações).
A contrapartida da oferta era de 0,7395 euros por ação, pelo que o empresário nortenho ligado ao turismo e às viagens espaciais pagou cerca de 33,2 milhões de euros.
Criada há 33 anos, a Media Capital conta com quatro áreas de negócio – televisão; produção audiovisual; rádio e entretenimento; digital e outros – está cotada em bolsa há 17 anos e tem uma capitalização bolsista de cerca de 89 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados e referidos pela agência Lusa.
A OPA tinha sido preliminarmente anunciada pela empresa de Mário Ferreira, que também é presidente do Conselho de Administração da Media Capital, em 25 de novembro do ano passado, na sequência da decisão da CMVM de impor a operação.
A entidade reguladora considerou, na altura, “demonstrado o exercício concertado de influência dominante” sobre a dona da TVI, entre a Prisa (que na altura detinha a empresa) e a Pluris, até a alienação total da participação do grupo espanhol em 03 de novembro último. A OPA obrigatória foi registada em 20 de julho último.
A Autoridade da Concorrência (AdC) tinha dado ‘luz verde’, em janeiro, à operação de concentração por não ser suscetível de criar “entraves significativos à concorrência”.
Em 8 de junho, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) “concedeu incondicionalmente a autorização para que a Pluris pudesse vir a adquirir o controlo” da Media Capital, “já depois de, nos termos estabelecidos por aquela entidade, a Pluris e a Prisa terem ‘repetido’ o negócio que já haviam celebrado há mais de um ano (isto é, transmissão de 30,22% da Media Capital a favor da primeira)”.
A liquidação da oferta será realizada em 9 de agosto.
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