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Marques Mendes: “Centeno quer fazer um brilharete com défice zero, já no final de junho”

Marques Mendes acredita que o Governo mudou de postura, embora não se trate de uma alteração inocente. O antigo líder do PSD, hoje comentador político da SIC, diz que se trata de “comprar a paz social”, a troco de Centeno apresentar “défice zero” em junho.
24 Fevereiro 2019, 21h17

O ministro das Finanças, Mário Centeno, quer “fazer um brilharete eleitoral já no final de junho e apresentar défice zero”, afirmou Luís Marques Mendes no seu habitual comentário de domingo, no Jornal da Noite da SIC. É, por isso – disse o comentador -, “que o Governo mudou de postura face aos enfermeiros e professores”.

O comentador político, que também já foi líder do PSD e membro de governos dos sociais-democratas, afirmou que o Governo mudou a sua postura face à contestação que se tem feito sentir em diversos setores de atividade e que isso se deve a “uma ordem do primeiro-ministro para dialogar” com enfermeiros, com os hospitais privados na ADSE e com os juízes.

O porquê na mudança de atitude do Executivo socialista explica-se, segundo Marques Mendes, no facto de o “Governo se ter assustado”. “Primeiro com a greve de fome de um enfermeiro à porta do Palácio de Belém; há o caso da ADSE por causa dos funcionários públicos, que são a base do eleitorado; e as sondagens – [o Governo] assustou-se com as sondagens”, prosseguiu.

Contudo, o Executivo estará a recorrer “aquela velha técnica do polícia bom [António Costa] e polícia mau [Mário Centeno], tudo para “comprar a paz social e dialogar” e vésperas de eleições. E “é neste ponto que entra Mário Centeno e a sua intenção”, segundo Marques Mendes.

Embora o primeiro-ministro dê “ordem” para negociar, Centeno “diz que não há dinheiro”. No caso dos professores, disse Marque Mendes, “não vai dar coisíssima nenhuma”, mas no que respeita aos enfermeiros poderá existir um bom desfecho, pois “ambas as partes querem terminar com isto, e os enfermeiros querem sair de cena de forma airosa”.

O comentador dominical da SIC diz que não deverá “haver grandes cedências” e está convicto que isso se deve a Mário Centeno. “Costa diz para negociar, mas não há dinheiro”. “Centeno quer fazer um brilharete já no final de junho com um défice zero – ele tem isto tudo previsto, embora não o diga”, concluiu.

 

 

 

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