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Marques Mendes defende que Governo deve diminuir as exceções do confinamento

O comentador político elogiou a decisão do Governo avançar com o confinamento e manter as escolas abertas, contudo considera que existem demasiadas restrições e que as medidas decididas na semana passada poderiam ter sido tomadas mais cedo.
17 Janeiro 2021, 21h42

O comentador político Luís Marques Mendes defendeu que o Executivo, que irá reunir esta segunda-feira para avaliar as medidas de restrição anunciadas na semana passada, deveria diminuir as exceções previstas, ainda que tenha apelado também à consciência cívica da população para contribuir para achatar a curva de novos casos.

“Há excepções a mais novamente nestas medidas. Há excepções a mais. Não é apenas em termos quantitativos. As exceções são enormes”, disse o advogado este domingo no habitual espaço de comentário na Sic, confirmando que a proibição da venda de bebidas ao postigo e possibilidade de abrir os centros de tempos livres para crianças até aos 12 anos irá avançar amanhã em Conselho de Ministros.

Marques Mendes defendeu, contudo, que o Governo deveria “também avaliar com mais rigor as exceções que criou” e “diminui-las porque as pessoas estão a ter uma interpretação criativa, muito alargada”.

“Tem que haver também responsabilidade cívica de cada um de nós. A situação é mesmo dramática e ainda se vai agravar nos próximos dias”, acrescentou, sublinhando que “com este mini-confinamento, muito suave, não resolvemos o problemas dos hospitais, depois em vez de estarmos com confinamento por 30 dias estamos por 60 dias”.

Reconhecendo que “neste momento ser governo deve ser um tarefa muito difícil”, o comentador político avaliou como positivo a decisão do governo, justificando que “com estes número que temos não havia alternativa” e que “qualquer coisa que se diga no sentido oposto é demagogia”, dando o exemplo dos hospitais em pré-catástrofes, dando nota positiva ao facto das escolas se manterem abertas. Enalteceu ainda a decisão de manter as escolas abertas, sublinhando que “parar as escolas em dois anos lectivos consecutivos é fatal para os alunos e jovens em termos de aprendizagem”, bem como os apoios anunciados à economia.

Contudo, também apontou aspectos negativos, nomeadamente o que diz ter sido o “facilitismo da parte do governo acompanhado dos partidos políticos no Natal”, “a perda de tempo na tomada de decisões” e que “não havia razão nenhuma para as medidas não tivessem sido tomadas na semana passada”.

“Só por sorte é que estas medidas anunciadas pelo governo são suficientes para a situação dramática em que estamos. Este confinamento não é manifestamente igual ao de março”, vincou.

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