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Marques Mendes diz que “é inevitável” que Isabel dos Santos saia da NOS e da Galp

O advogado e comentador da SIC, Luís Marques Mendes, considera que a saída da empresária angolana de várias empresas portuguesas é “o início do desmoronamento do império de Isabel dos Santos”, mas alerta que o processo de venda das participações de Isabel dos Santos não vai ser “nem rápido, nem fácil”.
26 Janeiro 2020, 21h23

O comentador da SIC Luís Marques Mendes afirmou este domingo que, após a revelação dos ‘Luanda Leaks’, é “inevitável” que Isabel dos Santos saia da NOS e da Galp. Luís Marques Mendes considera que a saída da empresária angolana de várias empresas portuguesas é “o início do desmoronamento do império de Isabel dos Santos”, mas alerta que o processo de venda das participações de Isabel dos Santos não vai ser “nem rápido, nem fácil”.

“O que vai acontecer às empresas que ela [Isabel dos Santos] tem em Portugal? Relativamente a duas já se soube. Quanto ao Eurobic e à Efacec, ela vai sair dessas duas empresas. (…) A prazo, é inveitável que ela saia também das outras em que está, designadamente na NOS e na Galp”, afirmou Luís Marques Mendes, no seu espaço habitual de comentário na SIC.

Sobre o anúncio de que Isabel dos Santos vai vender a participação de 42,5% no banco Eurobic e de 70% na Efacec, o advogado e comentador considera que as administrações do Eurobic e da Efacec tomaram decisões “positivas e avisadas”, ao “separar as empresas do seu acionista para preservar o futuro, as suas oportunidades de negócio e até os seus milhares de trabalhadores”. “Agora essas vendas, não haja ilusões, não vão ser nem rápidas nem fáceis”, alertou.

Luís Marques Mendes acredita que Isabel dos Santos “vai ter de negociar, quer queira quer não queira, com as autoridades de Angola”, a “entrega de bens e de ativos para compensar as dívidas que as autoridades de Angola reclamam” e vai ser obrigada a “desfazer-se dos outros bens que tenha”. “Ou seja, a sua vida no futuro vai poder passar pelo Dubai, Singapura, Rússia, por outras passagens que não Angola, Portugal ou mesmo a União Europeia, por razões reputacionais e de origem criminal”, considerou.

O comentador da SIC disse ainda que o ‘Luanda Leaks’ teve “consequências mais pesadas” do que as que tinha antecipado. “Por um lado, há uma catadupla de demissões: nas empresas, nas consultoras, na advocacia, nas auditoras. Ou seja, um conjunto de missões que pela sua rapidez e quantidade não é normal. Por outro lado, decisões que, com uma rapidez que não é habitual, relativamente à venda de participações de Isabel dos Santos quer no banco quer na Efacec”, explicou Luís Marques Mendes.

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