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Marques Mendes: “Transportes públicos são ponto crítico. Vai ser difícil evitar riscos sérios de contágio”

O comentador político deixou um apelo “o sentido cívico das pessoas que vão usar os transportes públicos e um apelo também a uma fiscalização muito séria e constante das entidades policiais”.
3 Maio 2020, 22h09

Luís Marques Mendes falou este domingo sobre o regresso do país à atividade esta segunda-feira e considerou que os “transportes públicos são o principal ponto crítico”. “Vai ser difícil evitar riscos sérios de contágio”, afirmou no seu espaço de comentário político na “SIC”.

O comentador diz que a partir de amanhã começa uma normalidade possível, porque “normalidade até existir uma vacina é uma expressão que deve ser banida e proibida”. Sobre o programa apresentado pelo Governo, Marques Mendes sublinhou que “foi bem desenhado, estruturado e apresentado, com sentido pedagógico e esclarecedor”, sendo os transportes públicos o seu ponto crítico.

Para que se possa evitar o maior número de contágios possivel, Marques Mendes deixou um apelo ao “sentido cívico das pessoas que vão usar os transportes públicos e um apelo também a uma fiscalização muito séria e constante das entidades policiais”.

O comentador político realçou que para que este plano ter sucesso existem três condições essenciais: “uma grande disciplina cívica, confiança e a reabertura da economia nos outros países porque ninguém vai sair desta crise sozinho”.

Abrir exceções nas regras “mina credibilidade do poder político”

Luís Marques Mendes comentou também as comemorações do 1º de maio que juntaram centenas de pessoas em Lisboa e apontou críticas ao Governo. “Governar é sobretudo dar o exemplo. Quando se governa pelo exemplo é se muito mais eficaz, quando se dão maus exemplos perde-se autoridade e foi isso que aconteceu neste caso”.

“As autoridades disseram que nesta fase da pandemia tinham de se evitar grandes concentrações e aglomerações de pessoas. O Governo decretou para este fim de semana, o princípio que não era possível circular entre concelhos, pois como sabemos abriu uma exceção para os autocarros da CGTP”, salientou.

O comentador político assumiu que compreende o esforço da CGTP para cumprir as normas de proteção. “Não sei se o conseguiu, mas o que fica para a história é isto: para uns aplicam-se as regras, para outros abrem-se exceções e isto mina a credibilidade do poder político, leva a que as pessoas fiquem indignadas e que de hoje para amanhã comecem a facilitar e prevaricar”.

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