[weglot_switcher]

“Mau início das negociações”. FESAP reage às estimativas do Governo sobre aumento da Função Pública

Em declarações ao Jornal Económico, o líder da estrutura sindical José Abrãao considerou que a divulgação pelo Ministério das Finanças de que os funcionários públicos terão um aumento ao longo de 2019 de mais 3,1% face a 2018 “apenas serviu para influenciar a opinião pública”.
Fotografia cedida
6 Setembro 2018, 18h47

A tensão nas negociações entre os sindicatos da Função Pública e o Governo está a aumentar- Após a primeira ronda de propostas esta quarta-feira, o ministério das Finanças anunciou que os funcionários públicos terão um aumento ao longo de 2019 de mais 3,1% face a 2018, em resultado da progressão de salários. Mas nem todas as estruturas sindicais receberam bem a divulgação destes números.

Em declarações ao Jornal Económico, o líder da Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), José Abrãao, disse tratar-se de “mau início das negociações”, que levantou “indignação” no sindicato.

“Esses números apenas serviram para influenciar a opinião pública. Não faz sentido fazer essa divulgação antes da reunião de resposta aos sindicatos no dia 19, nem estar a criar fracturas entre trabalhadores”, defende Abrãao, relembrando que a FESAP propôs um aumento geral de 3,5% para a função pública.

Relembrou ainda que “também não faz sentido divulgar os valores de 2019, quando centenas de trabalhadores estão ainda sem receber o valor da progressão de 25% relativo a janeiro”.

O Jornal Económico questionou o ministério das Finanças sobre esta questão, mas ainda não obteve resposta.

“O que é estranho é um Governo desta natureza não tenha igual sensibilidade para aumentar os trabalhadores públicos. Um aposentado que receba até 700 euros recebe um aumento extraordinário de 10 euros e porque é que um funcionário no activo não acontece a mesma coisa?”, acrescentou, garantido não aceitar a redução do IVA de energia ou a ADSE como uma moeda de troca.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.