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Mau tempo: Prejuízos de 5,6 milhões na agricultura em Lisboa e Vale do Tejo

O vice-presidente da CCDRLVT para as áreas da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, José Bernardo Nunes, disse hoje à agência Lusa que foram recebidas 216 participações de prejuízos na plataforma ‘online’ aberta até dia 14.
21 Abril 2025, 19h28

Os estragos do mau tempo de há um mês provocaram prejuízos de 5,6 milhões de euros na agricultura em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), segundo o levantamento da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

O vice-presidente da CCDRLVT para as áreas da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, José Bernardo Nunes, disse hoje à agência Lusa que foram recebidas 216 participações de prejuízos na plataforma ‘online’ aberta até dia 14.

Do total das participações, 143 são referentes a estragos em investimentos, como infraestruturas, equipamentos ou em culturas sem seguro de colheita, com um prejuízo total de 5,6 ME.

“O maior peso das participações é nos micro túneis de produção de morango e nas estufas de produtos hortícolas da região Oeste, mas há também algumas no Ribatejo”, adiantou.

Estes prejuízos podem vir a ser elegíveis para os apoios à reposição do potencial produtivo anunciados pelo Ministério da Agricultura.

Para ser elegível, recordou, o prejuízo em cada exploração tem de ser superior a 30%.

Oitenta e oito participações não têm enquadramento nos apoios anunciados, ora por não atingirem os 30% ou por serem relativos a perdas ou quebras na produção de culturas anuais, que deveriam ter seguros de colheita.

“Estamos a falar de culturas de batata, cenoura, couves, cebola, amêndoa e arroz, floresta e prados afetados”, detalhou.

Houve ainda 12 participações excluídas por falta de dados.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, anunciou apoios quer para a reposição da capacidade produtiva, quer para o rendimento às explorações agrícolas com prejuízos superiores a 30% devido ao mau tempo de 20 de março.

Vão ser apoiados a 100% os agricultores que tiverem prejuízos até 5 mil euros, a 85% entre os 5 mil euros e os 50 mil euros e em 50% aqueles cujos prejuízos se situarem entre os 50 mil euros e os 400 mil euros.

O apoio ao rendimento é de 42 mil euros por beneficiário.

A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.

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