Os Estados Unidos, criadores do MBA – Master of Business Administration, continuam à frente da corrida, que está cada vez mais competitiva. Poderão os outros players, Europa incluída, tirar partido de uma América mais fechada sobre si mesma e da, para já, revoada de políticas de Donald Trump contra as políticas universitárias DEI (diversidade, equidade e inclusão)?
É cedo para perceber se terão impacto na oferta executiva.
Quando se olha para o mercado de MBA, a importância da Europa é indiscutível. Reino Unido, segundo país do mundo a seguir aos EUA, e França, mas também Alemanha e Espanha são potências. No mapa figuram países como Suíça, Holanda, Itália, Dinamarca e Portugal, só para citar alguns.
“A Europa continua a ser um dos principais pólos mundiais no ensino de gestão, com escolas de negócios de excelência, programas inovadores e uma forte tradição académica”, afirma José Esteves, dean da Porto Business School, ao Jornal Económico. O professor chama a atenção para a concorrência global, “cada vez mais intensa”, especialmente com a “ascensão das escolas de negócios na Ásia e a contínua liderança das instituições norte-americanas”.
Índia, China, a agora Região Administrativa Especial de Hong Kong, Singapura e Coreia do Sul impuseram-se muito rapidamente. Na liderança do Financial Times Executive MBA (EMBA) 2024 está um nome praticamente desconhecido da maioria dos cidadãos: CEIBS – China Europe International Business School.
Que cartas devem jogar os europeus para competir com êxito? José Esteves diz que “as escolas de negócios europeias precisam de se diferenciar através de modelos de ensino flexíveis, duração dos programas, foco na empregabilidade, metodologias disruptivas e um forte compromisso com a digitalização e a sustentabilidade”.
Dá como exemplo o Global Online MBA da sua Porto Business School. O programa figura no Top 10 mundial do Financial Times Online MBA Ranking 2025, destacando-se em áreas críticas como Interação Online, Diversidade de alunos e docentes e Ensino de ESG & Net Zero. “Estes resultados demonstram que as escolas europeias, quando apostam em diferenciação e inovação, conseguem competir ao mais alto nível”, salienta.
Apesar do aumento da concorrência global, a Europa continua com um posicionamento forte na educação em gestão, salienta José Esteves. Um dos fatores que o permite, adianta, “é a capacidade de equilibrar rigor académico com impacto prático”. O dean da PBS volta a apontar o exemplo do Global Online MBA. Pioneiro na integração da IA no processo de aprendizagem, recorre a “ferramentas como simulações avançadas e feedback em tempo real para negociações empresariais”.
No Special Report MBA, que o Jornal Económico, publica na edição de 21 de Março de 2025, Francisco X Froes analisa o estado da arte em Portugal, num texto titulado: O MBA já não é o que era ou a fábula da raposa e das uvas que estão verdes
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