“Os internos de Pediatria do Hospital de Faro vêm por este meio condenar esta tentativa de coação e esclarecer que a carência de Pediatras da região do Algarve não pode, nem nunca poderia, ser colmatada por internos, dado que se encontram em formação”, segundo a carta que a agência Lusa teve acesso.
Catorze internos de formação específica de Pediatria da Unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) assinam a missiva que foi enviada à Comissão Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ao presidente da Ordem dos Médicos e ao conselho de administração do CHUA, entre outras entidades.
Estes médicos, que se encontram ainda num período de formação pós-graduada que conduz à obtenção da especialidade, afirmam que foram “informados por meios não oficiais” que foi proposto que os internos de 4.º e 5.º ano façam os seus períodos de urgência (pelo menos 12 horas/semana) no CHUA, independentemente do seu local de estágio.
Em seguida, explicam que os internos de 4º e 5º ano, “na sua maioria, encontram-se em estágio noutros centros hospitalares, dado o CHUA não ter idoneidade para os mesmos”.
Segundo a nota, “alguns internos estão neste momento em Lisboa (a 300 km de Faro), em Coimbra (450 km de Faro) ou no Porto (550 km de Faro)” e asseguram que esta deslocação, se aplicável, “causaria grande transtorno na vida diária e na formação de cada um destes internos”.
Antes de tomar esta posição os 14 médicos contactaram o Sindicato Independente dos Médicos, que deu o seu parecer baseado em circular informativa de 05 de maio de 2017, que foi sancionada pela Ordem dos Médicos.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com